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Os funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) iniciaram na manhã desta segunda-feira (28) uma greve por tempo indeterminado. A pauta de reivindicações é grande. As principais são relacionadas a medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Um dos artigos inibe o aumento de salários, o que prejudicaria o Plano de Cargos e Salários.

De acordo com o programa, durante dez anos o gasto com a folha de pagamento do serviço público só poderá aumentar 1,5% ao ano, além da reposição da inflação. "Acreditamos que isso significa um congelamento dos salários da categoria até 2016", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest/PR), José Carlos Assunção Belotto.

A categoria também protesta contra o projeto que pretende desvincular os hospitais universitários (HUs), como o Hospital de Clínicas da UFPR, das universidades federais. Os HUs passariam a ser geridos por uma fundação estatal. "É praticamente uma privatização. O hospital passará a ter que fazer convênios para se manter e deixar de ser totalmente gratuito. Teremos que ter uma portaria para atendimento pelo SUS e outra para quem tem plano de saúde", protestou Belotto. Outro ponto questionado pelos servidores é a restrição ao direito de greve, que só poderá ser executada se aprovada por dois terços da categoria.

Cirurgias são canceladas no HC

A greve já pôde ser sentida em alguns setores do HC, na tarde desta segunda-feira. Dezesseis cirurgias que aconteceriam nesta manhã foram canceladas por falta de técnicos de instrumentação. Outro setor afetado é o de pré-atendimento de consultas. Segundo a assessoria de imprensa do HC, os pacientes que já tinham consultas marcadas estão tendo que esperar até três horas para confirmar o atendimento. Para não perder suas consultas é recomendado que os pacientes cheguem com bastante antecedência.

Segundo o presidente do Sinditest/PR, a adesão acontecerá aos poucos. "Será um processo gradual de mobilização, até alcançarmos a paralisação geral. Estamos cuidando para que os serviços emergenciais não sejam prejudicados. O HC terá tratamento especial para que a população seja a menos atingida", disse.

O HC garante que o atendimento de emergência está mantido e não acredita que a assistência à população será interrompida.

Nesta terça-feira (29), o Restaurante Universitário (RU) fecha as portas e deixa de servir pelo menos seis mil refeições por dia.

A greve dos servidores ocorre simultaneamente em 15 universidades do país.

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