Grande parte dos servidores técnico-administrativos da área de urgência e emergência do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) retornou ao trabalho, na tarde desta quarta-feira (20). Na segunda-feira (18), o reitor da universidade, Carlos Augusto Moreira, anunciou que iria entrar com um processo administrativo contra os faltosos desta área, caso eles não voltassem a trabalhar a partir do meio- dia desta quarta.
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) trabalhou com 100% dos funcionários durante à tarde. O setor de terapia semi-intensiva foi o único que registrou faltas e funcionou com três servidores a menos. Pela manhã, o número de trabalhadores ausentes ainda foi alto. O reitor disse que o sindicato e o comando de greve garantiram que os setores críticos teriam atendimentos com 100% dos servidores e 50% nas áreas que não são de emergência.
Na assembléia realizada na manhã de quarta houve tumulto e desentendimentos. De acordo com o presidente do Sinditest (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba), José Carlos Belotto, não foi possível chegar a nenhuma negociação com os servidores. Ele disse que será divulgada uma nota oficial sobre os rumos da greve na manhã de quinta-feira (21).
Orientação
No início da tarde desta quarta, o diretor de comunicação do Sinditest, Jorge Cavalin de Lima, disse que o comando de greve havia decidido orientar os funcionários em greve a voltar ao trabalho no HC, a partir de quinta.
A decisão, no entanto, não significaria o fim da greve dos funcionários da UFPR, iniciada em 28 de maio. "Apenas os servidores do HC foram orientados a voltar ao trabalho. Outros setores como o Restaurante Universitário e os departamentos dos cursos vão permanecer com atividades paralisadas. Não temos como saber quantas funcionários voltarão ao trabalho, pois foi apenas uma orientação", explica Lima.
Em Brasília, será realizada uma reunião entre Ministério do Planejamento, Ministério da Educação e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Universidades Brasileiras (Fasubra) na quinta para a apresentação da proposta de cargos e salários da categoria. Os grevistas querem a reposição da inflação salarial desde 2004 e verbas para o contrato de planos de saúde.



