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Funcionários do Centro Comunitário e do Centro de Especialidades do Bairro Novo, ambos ligados ao Hospital Universitário Evangélico, em Curitiba, resolveram paralisar os serviços novamente. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (21) depois de uma assembleia realizada em conjunto com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc).

Durante a tarde, cerca de 70 servidores das unidades do Bairro Novo fizeram um protesto em frente ao prédio do Evangélico, no bairro Bigorrilho, de Curitiba. Eles permaneceram no local por mais de duas, como forma de pressionar a liberação dos pagamentos atrasados.

Segundo a diretora de assuntos jurídicos do Sindesc Roseli Struszike, a greve ocorre porque os vencimentos do mês de dezembro, que deveriam ter sido pagos até esta segunda, não foram feitos. Os empregados ligados ao Evangélico que trabalham nestas unidades estão com uma parcela do 13° salário, o pagamento do mês dezembro e o vale-alimentação atrasados, de acordo com Roseli.

"Voltamos a cruzar os braços porque não tem perspectiva de salário para o Bairro Novo. A gente conversa com a diretoria do hospital e eles não têm data indicativa para nenhum pagamento. Tem funcionário que realmente está passando necessidade", disse a diretora.

Atendimentos

Desde as 13 horas de segunda-feira, apenas empregados da prefeitura estão realizando os atendimentos no Centro Comunitário. O Centro de Especialidades opera apenas com 30% dos funcionários, para os casos de urgência e emergência.

Outro lado

Conforme a assessoria de imprensa do hospital, a Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), que administra as unidades, não realizou os pagamentos porque a prefeitura ainda não realizou o repasse referente ao contrato com os centros do Bairro Novo.

No último dia 16, a Secretaria Municipal de Saúde repassou cerca de R$ 2,54 milhões ao Hospital Evangélico, mas, segundo a assessoria, o valor serviu apenas para quitas as dívidas pendentes da unidade do Bigorrilho.

A SMS, por meio da sua assessoria de imprensa, informou que, neste mês de janeiro, já repassou mais de R$ 4 milhões de reais ao Hospital Evangélico para garantir a manutenção dos serviços em todas as unidades da instituição e que parte desse valor deveria ter sido destinado aos centros do Bairro Novo.

Para poder fazer o repasse mensal referente aos convênios com os centros, a secretaria disse que aguarda a prestação de contas da SEB, o que, de acordo com a secretaria, não foi feito até agora.

Relembre o caso

Esta é a segunda paralisação feita pelos funcionários do Centro Comunitário e do Centro de Especialidades do Bairro Novo em menos de 15 dias. No dia 9 de janeiro, eles também entraram em greve para reivindicar os pagamentos atrasados.

Seis dias depois do início da greve, eles decidiram, no entanto, retornar aos serviços e aguardar a regularização dos pagamentos, que deveria ter sido feita nessa segunda-feira.

Os empregados que trabalham no Hospital Evangélico, no bairro Bigorrilho, também discutiram uma possível paralisação, mas decidiram suspender a greve e aguardar até que os pagamentos fossem realizados. Segundo o Sindesc, não há mais divídas pendentes com os funcionários da unidade Bigorrilho.

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