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futuro das cidades

Cidades ganham guia atualizado para traçar metas com base nos ODS

Espécie de manual com orientações para que as cidades tracem seus planos com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, já está disponível e pode ajudar, inclusive, na elaboração dos planos de governo dos candidatos a prefeito das eleições 2016

Assim como nos ODM, os ODS têm como principal foco, ainda, a erradicação da pobreza. | Brunno Covello/Arquivo/Gazeta do Povo
Assim como nos ODM, os ODS têm como principal foco, ainda, a erradicação da pobreza. (Foto: Brunno Covello/Arquivo/Gazeta do Povo)

O programa Cidades Sustentáveis, uma iniciativa da Rede Nossa São Paulo, da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e do Instituto Ethos, lançou no último dia 14 a versão atualizada do GPS, ou Guia da Gestão Pública Sustentável, que orienta os municípios brasileiros a estipularem metas com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS substituíram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio a partir de janeiro de 2016 e têm como função nortear o desenvolvimento mundial nos próximos 15 anos em todos os 196 países-membros das Nações Unidas (ONU). Assim como nos ODM, os ODS têm como principal foco a erradicação da pobreza, problema que assola 800 milhões de pessoas em todo o planeta. Em ano de eleições municipais no Brasil, o GPS ganha ainda mais relevância pois é um material de apoio para a elaboração dos planos de governo dos candidatos a prefeito de todo o país.

No Brasil, os ODS foram avaliados a partir de um relatório-síntese da ONU. O documento começou a ser elaborado em 2012 na Rio+20, com apoio e colaboração de governos, empresários e milhares de pessoas ao redor do mundo, em consultas presenciais e on-line.

Desempenho brasileiro

O último Relatório Nacional de Acompanhamento dos ODM, com os dados fechados até 2015 e sob a responsabilidade do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ainda não saiu. Tecnicamente, porém, já se sabe que o Brasil conseguiu atingir a maioria dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, mas não de forma proporcional, já que os resultados das iniciativas se deram de forma desigual entre regiões e estados brasileiros. A meta de que o país ficou mais longe de reduzir em ¾ a taxa de mortalidade materna. Ainda assim, entre 1990 e 2015, período que corresponde aos esforços dos ODM, esse indicador caiu 55% no Brasil, ou de 141 para 64 óbitos de gestantes por mil nascidos vivos em duas décadas.

A definição dos ODS

A escolha dos ODS baseou-se em processo de consultas abertas e de pesquisa global, coordenado pela ONU, com a participação de mais de 1,4 milhões de pessoas de mais de 190 países – governos, sociedade civil, setor privado, universidade e instituições de pesquisa – que contribuíram pessoalmente ou por meio da plataforma online My world, com a nova agenda global de desenvolvimento.

A proposta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foi aprovada no dia 25 de setembro de 2015, na ONU, por 193 países. Alcançar a Agenda 2030, da qual os ODS são espinha dorsal, exigirá um compromisso global ainda maior e o desenvolvimento de ações e políticas nacionais mais fortes que as dos ODM.

Ao todo, são 17 ODS que englobam 169 metas – um deles diz respeito aos meios para implementar e financiar os projetos sustentáveis, e os outros 16 são temáticos (veja abaixo).

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