Os garimpeiros que pedem indenizações por supostos danos causados pela construção da usina hidrelétrica de Mauá nas cidades de Telêmaco Borba e Ortigueira, Noroeste do estado, vão continuar acampados em frente da Copel, no Batel, em Curitiba. Representantes do grupo reuniram ontem com a empresa, sem nada definir.
As negociações vão prosseguir hoje e, dependendo do resultado, eles podem desocupar o local. Até lá, cerca de 200 pessoas (entre trabalhadores e familiares) permanecem com fogões e colchões em frente da empresa. O advogado dos garimpeiros, Gabriel Granado, explica que as indenizações requeridas variam de R$ 150 mil a R$ 400 mil, além de verba alimentar e concessão de uma área para garimpo.
A Copel confirmou ter recebido ontem uma carta de reivindicações e informou que definiu-se a realização de uma audiência de conciliação a ser marcada no foro de Telêmaco Borba.
O garimpeiro José Manoel Carretero diz possuir um alvará para pesquisa mineral, mas alega não conseguir licença ambiental do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) por falta de anuência do consórcio Cruzeiro do Sul, formado pela Copel e pela Eletrosul, que administra a área.
O IAP, via assessoria de imprensa, explicou que, para liberar qualquer atividade na região é necessária a aprovação de um plano diretor do reservatório, que ainda deve passar por audiências públicas. Isso vale para a mineração e também para a construção de casas, piscicultura a outras atividades a serem realizadas no entorno. Além disso, o instituto só concede licença a quem já possui autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
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