Repercussão
Nova proposta de reajuste divide entidades que representam a categoria
A nova proposta salarial do governo dividiu os sindicatos que representam docentes das universidades e institutos federais de ensino. Segundo a presidente da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, a oferta governamental não teve avanço. "É a mesma essência da proposta anterior, ou seja, não reestrutura a carreira", reclamou.
Já o presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior, Eduardo Rolim, disse que a proposta atendeu aos 15 itens solicitados pela entidade. "O governo atendeu integralmente à nossa pauta. É um avanço. Agora, vamos fazer análise e consultar os professores do país inteiro em novas assembleias estaduais." O parecer da categoria deve ser apresentado até a próxima semana.
Os professores universitários estão em greve desde 17 de maio. Segundo a Andes, a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica. O movimento também conta com a adesão de servidores das instituições de ensino. No Paraná, o movimento suspendeu as aulas na Universidade Federal (UFPR), na Universidade Federal Tecnológica (UTFPR) e na Universidade de Integração Latino-Americana (Unila).
O governo federal cedeu e apresentou ontem uma nova proposta de reestruturação de carreira às entidades sindicais dos professores dos institutos e universidades federais. Depois de mais uma rodada de negociação, para colocar fim à greve que já dura 70 dias, foram oferecidos reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os docentes. Além disso, a data para entrada em vigor do aumento foi antecipada. As informações são da Agência Brasil.
Na oferta da semana passada, o reajuste variava de 12% a 45%, já somados os 4% aprovados em maio, pela Medida Provisória n.º 568, que teve efeito retroativo a março. A nova proposta do governo foi aumentada em 7,7%. Segundo o Ministério do Planejamento, a oferta aumenta o reajuste de níveis iniciais da carreira, em especial aqueles com título de mestre.
Com isso, a reestruturação de carreira, apresentada ontem, terá impacto de R$ 4,2 bilhões no orçamento federal. O montante é R$ 300 milhões a mais que a oferta anterior, de R$ 3,9 bilhões. Os aumentos, que serão escalonados durante os próximos três anos, começam a vigorar a partir de março de 2013. Na proposta anterior, feita no último dia 13, o aumento iria vigorar a partir de julho do próximo ano.
Para o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, a contraproposta mostra o recuo do governo em prol do fim da paralisação e descarta novo aumento. "Em uma negociação sempre tem margem, mas o governo já fez movimento de avanço ouvindo críticas e necessidades. Estamos convictos que essa é proposta para fazer acordo", assegurou.
O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marco Antônio de Oliveira, dá a entender que essa é a proposta final e que o governo chegou ao "limite" tanto em "critérios de ascensão quanto em valores". "Nós já adaptamos a proposta, fizemos uma série de alterações. No caso de valores, chegamos ao limite. Temos que pensar na situação que o país está vivendo, de incertezas, que decorre do cenário de crise internacional", disse.
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