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O governador de Santa Catarina, Luís Henrique da Silveira, afirmou nesta segunda-feira (2) que vai afastar dos cargos os envolvidos na tortura de presos na maior penitenciária do estado. As cenas provocaram reação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público.

Na maior penitenciária de Santa Catarina, em São Pedro de Alcântara, a câmera se aproxima e dá para ouvir os gritos dos presos. As imagens foram exibidas pelo Fantástico, no domingo (1º).

Os detentos apanham algemados. De repente, alguém fecha a porta. Nos momentos seguintes mais pancadaria.

Pouco antes de a câmera ser desligada, é possível ver uma cena chocante: a cabeça de um preso é enfiada dentro da privada.

Mais denúncias de violência contra presos foram feitas no município de Tijucas. De acordo com laudos médicos, 140 homens ficaram feridos. Eles contam que foram espancados com pedaços de pau, de cabo de vassoura e até de borracha.O juiz corregedor do presídio recebeu denúncias anônimas e registrou imagens dos presos espancados em Tijucas. "Obviamente que não existe justificativa para agressão desta forma", disse Pedro Carvalho.

O diretor do Departamento de Administração Prisional, Hudson Queiroz, admite que participou das operações no Presídio de Tijucas e na Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

"Até o momento em que permaneci na unidade, não houve nenhum problema de tortura, como eu estou vendo", disse Queiroz.

Nesta segunda, o Ministério Público catarinense cobrou providências em relação ao flagrante.

O governador de Santa Catarina, Luís Henrique da Silveira, falou sobre o flagrante de tortura em São Pedro de Alcântara. "Nós já estamos determinando o afastamento. Uma prática como essa merece punição, a mais rigorosa possível. E é o que o nosso governo vai fazer", disse Silveira.

Representantes da ordem dos advogados de Santa Catarina também repudiaram a conduta dos policiais e agentes prisionais que espancaram os presos.

A Secretaria de Justiça do estado informou que um agente prisional foi afastado por determinação do governador. Segundo a secretaria, a investigação deve ser concluída em 30 dias.

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