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Vigília

Assim como na quarta-feira, os policiais militares organizaram, nesta quinta-feira, uma nova vigília que começou às 20h e tinha previsão para terminar às 22h. No ato, os PMs acenderam velas em frente ao Palácio Iguaçu. Segundo o cabo Carlos Lima, da Associação da Classe Policial Militar, cerca de 200 policiais estavam reunidos na vigília desta quinta-feira.

Uma reunião entre representantes da Polícia Militar (PM) e do governo do Paraná na tarde desta quinta-feira (16) definiu que a proposta de reajuste salarial apresentada na quarta-feira (15) será revista. O secretário da Administração do governo, Luiz Eduardo Sebastiani, confirmou que uma nova tabela será apresentada à classe na próxima semana.

No encontro, o secretário e outros representantes do Executivo, além do comandante da PM, Roberson Bondaruk, demonstraram a intenção em continuar as negociações. O diálogo ocorreu com representantes do Fórum das Entidades da PM. "Esse é o espírito. Se não houvesse essa perspectiva, o diálogo não estaria aberto", afirma Sebastiani.

Para Elizeu Furquim, presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai), os representantes do governo entenderam que a proposta apresentada era insuficiente. "O governo viu que a coisa não era como estavam propondo. A proposta não trazia aumento nenhum", diz.

Com a promessa de avanço nas negociações, a expectativa da PM é de que não seja necessário iniciar uma greve. "Estamos fugindo da greve como o diabo da cruz. A greve penaliza a sociedade, a instituição e o governo", argumenta Furquim.

Segundo o coordenador do Fórum Permanente das Entidades Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares, soldado Laudenir Dotta, a proposta apresentada pelo governo nesta semana "chega a ser uma ofensa". Dotta diz que a greve não é cogitada porque os próprios PMs estão preocupados com a falta de efetivo já em situação normal. A paralisação não seria adotada por respeito à população, mas ele admite que, se não houver avanços, poderá ser difícil "segurar" os policiais e evitar uma greve.

O soldado ainda criticou a forma como o governo administra as questões ligadas à segurança pública. "O que o governador está fazendo vai dificultar para os próximos governadores e para as futuras gerações. São compradas novas viaturas, mas faltam policiais", reclama Dotta.

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