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Brasília – A reunião em que governo e sindicalistas discutiram, no Ministério do Trabalho, um reajuste no valor do salário mínimo para o ano de 2007 terminou sem grandes resultados na tarde de ontem, como já era esperado por todos os participantes. Uma nova reunião foi marcada para o dia 14.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o governo espera encontrar um ponto de equilíbrio entre a capacidade de caixa da União e as reivindicações dos trabalhadores de um reajuste do mínimo para R$ 420 e uma correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física de 7,7%.

Ele reiterou que, na reunião de ontem, houve apenas a entrega da pauta de reivindicações pelos dirigentes das centrais sindicais. "Vamos começar efetivamente as negociações na próxima reunião, na quinta-feira", informou o ministro, ressaltando que o ponto de partida da negociação é o valor de R$ 367. "Vamos buscar um ponto de equilíbrio para ter garantia de investimento. Precisamos conduzir a economia para um crescimento maior", disse Marinho.

Já o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, afirmou que saiu "chateado" com o resultado da reunião em que dirigentes das centrais sindicais e ministros discutiram um novo valor para o salário mínimo. O sindicalista disse que não esperava sair com uma proposta do governo, mas esperava que o governo pudesse, já, "colocar algumas questões".

Segundo ele, havia cinco ministros na reunião, e nenhum deles apresentou a proposta do governo. "Foi uma choradeira danada. Eles disseram que a política econômica do governo é a melhor do mundo, mas nós não concordamos. Achamos que ela só beneficia o sistema financeiro", afirmou o presidente da Força Sindical.

Paulo Pereira criticou a posição dos ministros: "Não podemos ficar o ano que vem todo discutindo essa questão. Como tudo, no governo Lula, é tudo muito demorado", disse o sindicalista.

Apesar da angústia do colega, o presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Soares, avaliou que a presença de cinco ministros na reunião mostra a preocupação do governo em debater a questão do salário mínimo.

O líder da CUT disse esperar que o governo apresente uma proposta na próxima reunião, quinta-feira. Segundo Silva Soares, os ministérios da Fazenda e da Previdência ficaram de apresentar os números sobre o impacto do reajuste do mínimo nas contas do governo. Ele disse que, na reunião, não se discutiram valores.

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