Cerca de 33 mil famílias paranaenses foram excluídas do cadastro do Bolsa Família. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), os beneficiários entraram no mercado de trabalho e atualmente têm renda superior a exigida para integrar o programa. Em todo país, 400 mil famílias deixaram de receber o auxílio.
Os pagamentos já estavam suspensos desde setembro de 2008, quando o ministério fez um cruzamento de dados. A renda que as famílias declaram no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal foi comparada com a informada na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O levantamento indicou que cerca de 600 mil famílias no Brasil tinham renda mensal superior a R$ 120 per capita, limite estipulado para integrar o programa.
As famílias que caíram na "malha fina" tiveram prazo até 31 de dezembro para atualizar o cadastro e mostrar que atendiam ao critério para receber o auxílio. No Paraná, quase 42 mil benefícios estavam sob suspeita. Perto de 9 mil famílias conseguiram comprovar que têm renda dentro do perfil exigido pelo programa. O benefício destas famílias foi desbloqueado após a atualização dos dados.
Já os que não se recadastraram foram definitivamente excluídas do cadastro a partir do mês de fevereiro. O Paraná foi o terceiro estado onde mais benefícios foram cancelados. Em primeiro aparece São Paulo, onde 100 mil famílias foram excluídas e em segundo está Minas Gerais, com 60 mil auxílios cancelados. De acordo com o ministério, o cruzamento de dados é realizado anualmente e tem a finalidade de aperfeiçoar o controle do programa e destinar o Bolsa Família apenas a quem precisa.
Entre 2004 e 2008, o ministério cancelou mais de 2,6 milhões de benefícios, tanto porque a família melhorou a sua renda, quanto por não cumprir as metas de educação e saúde. A cada cancelamento, uma nova família é incluída no programa, informou o ministério.



