Enquanto 46,2% das mulheres brancas tiveram acompanhantes no parto realizado no SUS, entre as mulheres negras o porcentual registrado foi de 27%. Ao mesmo tempo, a taxa de mortalidade materna entre as mulheres negras é 26% maior em comparação às mulheres brancas.
Os dados, de 2012, e os relatos de discriminação no SUS motivaram o Ministério da Saúde e a Secretaria de Direitos Humanos a lançar, nesta terça-feira (25), a primeira campanha publicitária contra o racismo voltada a usuários e profissionais da rede pública.
"O que tecnicamente pode justificar essa diferença que não seja o racismo institucionalizado?", questionou o ministro Arthur Chioro (Saúde).
A campanha envolve peças veiculadas em TV, rádio, impressos e redes sociais, que irão incentivar relato de denúncias via Disque Saúde 136. O slogan da iniciativa é "Racismo faz mal à Saúde. Denuncie!". "Não é que o SUS é racista. Ele expressa aquilo que a sociedade produz, e precisamos enfrentar isso com veemência", disse André Bonifácio, secretário de gestão estratégica e participativa do ministério.
O Ministério da Saúde iniciou ainda, no mês passado, curso de educação a distância sobre a saúde da população negra. Ao todo, 2,4 mil profissionais de saúde estão inscritos.
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