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Transporte público

Greve de trens afeta em torno de 500 mil usuários na Grande São Paulo, diz CPTM

Companhia Paulista de Trens Metropolitanos encaminhou ao Tribunal Regional do Trabalho um pedido para que a paralisação seja considerada abusiva

A paralisação que prejudica a circulação em quatro linhas de trens desde a madrugada desta quarta-feira (3), na região metropolitana de São Paulo afetou em torno de 500 mil passageiros no período da manhã, segundo estimativa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A paralisação foi decidida na noite de terça (2) por funcionários de dois dos três sindicatos da categoria. Apenas os trabalhadores responsáveis pelas linhas 8 e 9 continuam operando normalmente. Os demais devem fazer uma nova assembleia na tarde desta quarta para decidir se mantêm ou não a greve.

As linhas prejudicadas no início da tarde eram: a linha 7, com operação entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Francisco Morato; a linha 11, operando entre as estações Luz e Guaianases; e as linhas 10 e 12, que estão totalmente paralisadas.

Mais cedo, passageiros revoltados com a greve provocaram um tumulto na estação Francisco Morato, na região metropolitana de São Paulo. Um muro chegou a ser derrubado por vândalos e a Polícia Militar chegou a usar bombas de gás. Uma pessoa foi detida sob suspeita de provocar os atos de vandalismo.

Negociações

Em negociação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde desta terça-feira (2), a CPTM fez duas propostas : a primeira de conceder reajuste de 7,72% nos salários e de 10% nos benefícios e a segunda de aumento de 8,25% nos salários e benefícios. Os trabalhadores pedem 9,29%. A inflação acumulada desde o último reajuste, em maio de 2014, foi de 6,65%, segundo o IPC/Fipe.

Em nota, a CPTM diz considerar “irresponsável” a decisão de entrar em greve. “Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários” que utilizam diariamente a rede de trens. A empresa tem cerca de 8.800 funcionários nas seis linhas.

Decisão liminar (provisória) concedida na semana passada pelo vice-presidente judicial do TRT-2, desembargador Wilson Fernandes, determina que, em caso de greve, 90% dos maquinistas e 70% dos demais funcionários trabalhem nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h) e que 60% atuem nos demais períodos.

Pelo descumprimento da decisão, a CPTM informou que já encaminhou ao TRT um pedido de abusividade da greve, aplicação de multa e julgamento de dissídio.

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