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A paralisação do atendimento no Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte (DNIT), em greve nacional desde o dia 6, tem seu primeiro reflexo no transporte de cargas especiais no Paraná. De acordo com José Carlos Belluzzi de Oliveira, supervisor do órgão em Londrina, Norte do Estado, cerca de 40 permissões para este tipo de serviço deixaram de ser feitas por dia, na última semana, somente em Curitiba. No Paraná, os 120 servidores aderiram ao movimento grevista.

O analista administrativo da Unidade do DNIT em Curitiba, Wellington Bley, afirma que se a greve se prolongar por mais 15 a 20 dias outro setor atingido serão as obras de pavimentação da BR-153, entre Ventania e Alto Amparo; e da BR-487, a Estrada Boiadeira, entre Cruzeiro do Oeste e Campo Mourão, que são fiscalizadas pelo DNIT. "O efeito imediato para a população em geral ainda é pequeno, pois estes projetos são a médio e longo prazo. Porém, se o impasse continuar as empresas perderão o interesse de investir nessas obras, pois elas não terão como comprovar os gastos realizados", comenta.

As principais reivindicações dos servidores são a reestruturação e o fortalecimento do órgão, além de estarem insatisfeitos com a interpretação pelo Ministério do Planejamento da Medida Provisória 441 (que trata da remuneração do funcionalismo), a qual compreendem que deveria contemplar todas as categorias do Ministério dos Transportes da mesma forma. Os servidores do DNIT alegam ganharem menos da metade da remuneração dos funcionários da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). "Nós queremos o fortalecimento do Departamento, uma vez que hoje temos uma estrutura precária e isto reflete no nosso atendimento. Também reivindicamos uma tabela de remuneração a longo prazo para equiparar o nosso salário as de outras agências com funções semelhantes. Hoje, um engenheiro com 13 anos de DNIT ganha o mesmo que um recém-contratado da ANTT, por exemplo", justifica Bley.

A greve é por tempo indeterminado e segundo Bley a volta ao serviço depende do avanço das negociações com os Ministérios dos Transportes e do Planejamento. "O Supremo Tribunal deverá julgar essa semana a validade da greve, que creio não haverá problemas. Sendo considerada legal, o Governo Federal deve programar cronogramas mais curtos de negociações e o final da greve pode ser mais rápido".

Segundo o presidente do Sindicato das Transportadoras do Paraná (Setcepat), Fernando Klein Nunes, a entidade ainda não tem um levantamento de quantos caminhões deixaram de circular e qual o reflexo desta paralisação.

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