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As varas de primeira instância da Justiça do Trabalho de Francisco Beltrão, no Sudoeste, e Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná, aderiram à greve dos servidores da categoria no Paraná. Com isso, mais da metade das 77 varas estaduais estão paradas. No sexto dia de paralisação, já são 49 varas onde os funcionários estão de braços cruzados. E no que depender do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho no Paraná (Sinjutra-PR), esse número deve continuar subindo. E não só no estado, já que a greve é nacional. É o que garante o coordenador da greve no estado, José Padilha.

"Já temos a garantia de que os servidores de Jaguariaiva (no Norte Pioneiro) param a partir desta quarta-feira (24). As nossas ações no interior do estado seguem tentando aumentar os níveis de paralisação. Não chegaremos a 100%, mas podemos nos aproximar disso", assegura Padilha. Outras cidades que o coordenador preferiu não divulgar também vão parar. Quanto a negociação com o governo federal, nenhuma novidade até agora. "Não conseguimos qualquer sinalização sobre uma possível negociação. Mas vamos continuar trabalhando pelo aumento da adesão à greve em todo o país, e também junto a classe política em Brasília", confirma o coordenador.

Números

Em Curitiba, 16 das 20 seguem sem atividades e as outras quatro funcionam precariamente, o que corresponde a 90% do total, de acordo com o Sinjutra-PR. Na região metropolitana, os trabalhos também estão parados em São José dos Pinhais, Colombo e Araucária. Apenas os trabalhadores comissionados estão trabalhando. As cinco varas de Maringá e Londrina, as três de Foz do Iguaçu e a de Arapongas e Ivaiporã também seguem paradas por tempo indeterminado. Quem também parou em seis dias de greve foram os servidores de Apucarana, Guarapuava, Umuarama, Cianorte, Ivaiporã, Jacarezinho, Castro, Pato Branco e dois Vizinhos.

Conseqüências

Segundo o Sinjutra-PR, as varas que ainda estão funcionando no estado já operam ou vão operar precariamente nos próximos dias, com o aumento de servidores parados. "Somente audiências estão sendo realizadas, dependendo do caso", confirma Padilha. O próprio Tribunal Regional do Trabalho do Paraná reconhece a paralisação e por isso suspendeu a contagem dos prazos processuais nas varas que estão sem atividades. A suspensão é por tempo indeterminado e abrange também o recebimento de novas ações trabalhistas e outros processos existentes nas cidades afetadas.

Reivindicação

Desde o início da paralisação, na quarta-feira (17), os servidores reivindicam a aprovação do Plano de Cargos e Salários, na Câmara Federal e no Senado, até 30 de junho, para cumprir o limite imposto pela legislação eleitoral, possibilitando a implantação do projeto ainda este ano. Com a aproximação do fim do prazo, representantes da categoria em Brasília buscam apoio da classe política. De acordo com Padilha, nomes de peso estariam apoiando as reivindicações, como o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) e o pré-candidato à presidência pelo PPS, Roberto Freire.

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