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Paralisação envolve  professores e servidores federais | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Paralisação envolve professores e servidores federais| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Impacto

Federais do Paraná não confirmam prejuízo em calendário de férias

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná devem esperar o fim da greve em suas instituições para deliberar sobre o novo calendário letivo. As instituições paranaenses, porém, não confirmam a possibilidade de as aulas avançarem sobre as férias de 2013.

Rogério Andrade Mulinari, vice-reitor da UFPR, disse não ter informações sobre esta possibilidade na instituição. Ele afirmou, porém, que decisões como essa são deliberadas em conselho. "Daqui a 10 dias haverá reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e é ele quem define questões como a do calendário", afirmou.

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, "uma eventual decisão sobre a extensão do calendário para o próximo ano só será tomada após o término da paralisação, já que falar sobre o assunto no momento seria um exercício de futurologia".

A pró-reitora adjunta de Graduação e Educação Profissional da UTFPR, Simone Acosta, disse que após o fim da greve o novo calendário será submetido à aprovação do Conselho de Graduação e Educação Profissional.

Tanto a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná quando a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná farão assembleias, ambas às 14 horas da próxima segunda-feira, para discutir a proposta de reajuste salarial do governo federal.

A greve dos professores das universidades federais poderá estender o calendário letivo de 2012 para o início de 2013, comprometendo o período de férias. A paralisação, que já dura 73 dias, teve início antes do encerramento do primeiro semestre na maioria das 57 instituições. Portanto, o início das atividades do segundo semestre só será possível quando as atividades do primeiro forem concluídas.

Em entrevista à Agência Brasil, o reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo, explicou que, quando a greve for encerrada, o calendário deverá ser reorganizado. "O semestre letivo não coincide com o ano fiscal. É provável que a gente entre em 2013 com a reposição [das atividades letivas]. Mas já vivemos experiências de outras greves em que foi possível organizar isso de modo qualificado", disse.

Reitores de instituições federais das cinco regiões do país apostam na reposição das aulas, descartando a possibilidade de cancelar o semestre. Até onde a greve começou após o encerramento do primeiro semestre, é possível que o período de férias seja prejudicado.

Esse é o caso da Uni­ver­sidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde os professores encerraram as atividades antes da paralisação, mas o semestre não foi oficialmente finalizado porque a maioria não lançou as notas no sistema. Por ora, como as aulas foram concluídas, o reitor Carlos Alexandre Netto acha que não será necessário comprometer as férias de janeiro com a reposição – mas isso se a greve não se prolongar por muito tempo.

Além dos professores, os técnicos administrativos das universidades federais estão em greve desde 11 de junho. Em algumas universidades, a paralisação dos servidores também atrapalha o calendário, já que serviços como o lançamento de notas e matrículas podem ficar comprometidos. O governo espera resolver a situação com os professores para depois iniciar a negociação com os técnicos.

"Assim que os professores retornarem, nós vamos tentar corrigir o calendário. Mas, se não for resolvida a questão dos técnicos, nós não temos como começar o semestre seguinte. Nossa expectativa é que haja logo uma negociação também com essa categoria", disse o reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Targino de Araújo Filho.

Negociação

No dia 13 de julho, o Ministério da Educação divulgou uma proposta de reajuste e plano de carreira para os professores das universidades federais. A proposta foi aperfeiçoada na última terça-feira, com reajustes que poderão variar de 25% a 40% a serem concedidos ao logo dos três próximos anos.

A proposta governamental elevará a remuneração do professor titular com dedicação exclusiva de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil no período. Já o salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva poderá passar para R$ 8,4 mil.

Na última quinta-feira, porém, docentes de pelo menos 12 universidades federais rejeitaram a proposta apresentada pelo governo e mantiveram a paralisação. Na Universidade Federal de São Carlos, os professores aceitaram os termos do governo, mas o fim da paralisação ainda depende da aprovação em um plebiscito. Até a próxima segunda-feira, assembleias serão realizadas para deliberar sobre o fim da greve.

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