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Cerca de 300 indígenas ocupam a sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Manaus desde a manhã de hoje para reivindicar que não seja extinto um convênio com a organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras. Os indígenas são das etnias mura, kanamari, kokama, sateré, apurinã e mudurucu. "Não há uma etnia bem servida em saúde. Há mortes todos os dias, das causas mais simples, como diarréia e desidratação em crianças a aids, e a Funasa não faz nada e agora quer tirar uma ONG que começa a funcionar", afirmou um dos líderes do movimento Raimundo Mura.

A Funasa em Brasília foi procurada pela reportagem, mas a assessoria informou que o superintendente de Manaus, Pedro Paulo Coutinho, não iria se manifestar sobre a ocupação.

Na sexta-feira, O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM) entrou com uma ação civil pública contra a Funasa para garantir o atendimento de saúde a cerca de dois mil indígenas da etnia yanomami que vivem nos Estados do Amazonas e de Roraima. O atendimento, que era realizado por meio de convênio com o Instituto Brasileiro pelo Desenvolvimento Sanitário (IBDS), está paralisado desde março.

Em novembro do ano passado, lideranças indígenas ocuparam o prédio da Funasa em Manaus por 15 dias. À época, eles queriam o afastamento do superintendente, entre outras reivindicações. Dois meses depois da ocupação, a reivindicação principal foi atendida.

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