Guerra contra a dengue ganha reforço do Exército

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Cerca de 50 militares do 34.º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec) reforçarão as ações de combate à dengue em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Os soldados devem coordenar equipes de 10 a 12 agentes de saúde, e trabalhar em conjunto com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e Defesa Civil. A ação prevista para começar ontem foi adiada devido à chuva e reprogramada para iniciar amanhã.

Durante 15 dias, as equipes percorrerão todos os bairros do município. Treze viaturas irão auxiliar na locomoção dos militares e agentes. Para atuar no combate à dengue, os militares participaram de uma capacitação ministrada pelos técnicos do CCZ.

De acordo com o coronel Messias Coelho Freiras, comandante do 34.º BIMec, cada grupo de agentes será gerenciado por três militares. "Dividimos Foz do Iguaçu em 13 subáreas para especificar a abrangência de cada militar. O foco da ação é específica para eliminar os criadouros do mosquito, evitando que ele se prolifere", explica.

Além dos militares, a ação vai mobilizar 340 agentes de saúde. A previsão é que sejam feitas aproximadamente 800 visitas por dia. "A divisão das áreas possibilita mais agilidade nas visitas, de forma que nenhuma área fique sem atendimento".

Durante as vistorias, os moradores serão orientados sobre como prevenir a dengue e eliminar focos do mosquito transmissor.

Boletim

De acordo com o último boletim da dengue divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), no dia 28 de agosto, as regionais de saúde que apresentaram as piores situações epidemiológicas no período anterior (agosto de 2012 a julho de 2013) mostraram quais foram as dificuldades enfrentadas no combate à dengue. Entre elas estão o lixo acumulado em terrenos baldios, piscinas abandonadas e pequenos objetos deixados em terrenos privados.

De acordo com o levantamento feio pela 14.ª Regional de Saúde (Paranavaí), dos 28 municípios de abrangência da regional, apenas Jardim Olinda não registrou situação de epidemia. Na região foram confirmados 15.359 casos autóctones de dengue (quando a contaminação ocorre no município de residência do doente) e apenas sete casos graves. Uma pessoa morreu.

A 9.ª Regional de Saúde também relatou que o município de Foz do Iguaçu não cumpriu o que determina o Programa Nacional de Controle da Dengue e, por isso recebeu uma autuação da Secretaria da Saúde.

O relatório aponta número insuficiente de agentes de endemia e índice de cobertura de visitas aos domicílios abaixo dos 80% recomendados.