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Cerca de 500 manifestantes ligados ao turismo fecharam a BR-469, que liga o centro de Foz do Iguaçu ao Parque Nacional do Iguaçu | Christian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Cerca de 500 manifestantes ligados ao turismo fecharam a BR-469, que liga o centro de Foz do Iguaçu ao Parque Nacional do Iguaçu| Foto: Christian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Centenas de guias, taxistas e transportadores de turismo bloquearam nesta quinta-feira (16) a BR-469 próximo ao portão do Parque Nacional do Iguaçu, das 7 às 16 horas, a fim de chamar a atenção do governo federal para os reflexos da decisão judicial que restringe a circulação de veículos no interior da reserva, em Foz do Iguaçu. Suspensa por 14 dias, a decisão voltou a vigorar a partir da meia-noite de quinta-feira. Os cerca de 3,5 mil trabalhadores afetados exigem a regulamentação do serviço de transporte dos visitantes.

Os trabalhadores do turismo prometem estender o protesto em frente ao Parque até sábado (18), quando a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, deve se reunir com os representantes do setor para ouvir as reivindicações. Eles estão descontentes com a decisão da Justiça Federal que limita o transporte dentro do parque apenas aos veículos da concessionária que administra a recepção de visitantes. Funcionários e fornecedores também têm passe livre.

Líderes sindicais de setores ligados ao turismo na cidade alegam que a restrição judicial da maneira que foi imposta poderia ter sido evitada caso o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) obedecesse os prazos para a regulamentação do transporte na unidade de conservação, a segunda mais visitada de todo o país, atrás apenas do Parque Nacional da Tijuca, onde fica o Cristo Redentor. No ano passado, as Cataratas do Iguaçu receberam quase 1,4 milhão de visitantes.

"O que a Justiça determinou agora é apenas resposta à resistência do Instituto Chico Mendes em não assinar a instrução normativa que cria regras para transporte no parque como o próprio Plano de Manejo prevê", apontou o presidente do Sindicato dos Guias de Turismo de Foz do Iguaçu, Sidnei dos Reis. "Queremos apenas continuar trabalhando nestes 3% de área de uso público, por sinal a mais cuidada, diferente de boa parte do entorno exposta à ação de caçadores e palmiteiros", completou.

Temendo confusão e possíveis agressões a funcionários e a fim de garantir a segurança de quem visita o atrativo, a direção do PNI decidiu suspender a entrada de turistas durante todo a quinta-feira conforme a própria nota emitida no final da tarde de quarta-feira (15) em que já adiantava a possibilidade de a reserva permanecer fechada. Alguns trabalhadores do parque e do Hotel das Cataratas preferiram ficar do lado de fora. Novos protestos estão programados para sexta-feira (17).

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