Histórico familiar deve ser considerado

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Um estudo da médica Sandra Vargas Nunes, professora de Psiquiatria da Universidade Estadual de Londrina (UEL), aponta para a possibilidade de suicídio entre pacientes que têm registros no histórico familiar, que de duas a quatro vezes maior. A pesquisa, intitulada História Familiar em Tentativa de Suicídio, cujos dados foram coletados entre 1989 e 1992, quando a psiquiatra fazia mestrado, explica que o circuito neural de impulsividade, que pode levar ao suicídio, é genético. "No caso dos pacientes psiquiátricos, o médico deve levar em consideração o histórico familiar entre as possíveis causas de suicídio", afirma Sandra.

Um caso ilustrativo é do escritor norte-americano Ernest Hemingway – autor dos clássicos Adeus às Armas, Por Quem os Sinos Dobram e O Velho e o Mar. Em 1961, o prêmio Nobel de Literatura de 1954 se matou com um tiro na boca. Antes, o pai e a irmã já haviam tirado a própria vida. Em 1982, outro irmão se suicidou e em 1996, a neta, a atriz e modelo Margaux Hemingway, também deu cabo à vida. O corpo de Margaux foi encontrado na mesma data que o avô se suicidou: 2 de julho. (MXV)