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A Polícia Civil prendeu na madrugada desta segunda-feira (22), em uma casa noturna no bairro Batel, em Curitiba, um homem apontado como um dos principais traficantes da Grande Curitiba. Preso por causa de um mandado de prisão temporária por um homicídio ocorrido na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), Diandro Cláudio Melanski, 36 anos, conhecido como Didi, seria o proprietário da casa noturna. Ele também foi preso por formação de quadrilha.

Melanski seria o mandante de um homicídio ocorrido em 2010, na CIC, e vitimou Anderson Alves Baptista, 22 anos, o Deda. Junto com o suspeito, no momento da prisão, estavam ainda outros dois homens que também teriam envolvimento com o crime – Jeovani Moreira do Rosário, 22 anos, o Tutinha; e Maycon Aurélio Machado, 22 anos, o Mayquinho. Contra eles também pesa a acusação de formação de quadrilha.

A investigação para chegar a Melanski foi comandada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o delegado Danilo Zarlenga, durante um ano, os investigadores tentaram encontrar a residência do acusado, mas tiveram dificuldades. "Ele não usa telefone, seus comandados também, não falam o nome dele no telefone. Ele não tem residência fixa no bairro. Possivelmente, dorme em hotel ou na região metropolitana."

Os policiais conseguiram chegar a testemunhas que revelaram que o suspeito possuía uma casa noturna no Batel. O nome do estabelecimento não foi revelado pela Polícia Civil. Com essa informação, a DHPP, junto com o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), prendeu o suspeito. Os policiais se infiltraram durante a madrugada na casa noturna. Outros policiais ficaram do lado de fora.

Por volta das 4 horas, quando o movimento no local diminuía e o acusado permanecia em um camarote, os policiais fizeram a abordagem. "Adentramos na boate e localizamos o Diandro com os outros dois. Não houve reação, não queríamos que criasse alvoroço. Ele tentou se esconder no banheiro feminino, mas conseguimos pegá-lo", diz Zarlenga.

Conforme a delegada-chefe da DHPP, Maritza Haisi, contra Melanski ainda há a suspeita de participação em outros homicídios. "São pelo menos outros quatro ou cinco homicídios em que há suspeita da participação dele. Existem mais pessoas que podem estar envolvidas. Por isso, um dos fundamentos da prisão é a formação de quadrilha. A DHPP busca subsídios para trazer esses outros companheiros de crime", diz a delegada.

O caso deve ser acompanhado pela Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) para que se levantem informações sobre a participação de Melanski no tráfico de drogas. Segundo Maritza, há fortes indícios que apontam o suspeito como o "homem forte" do tráfico de drogas na CIC. Os homicídios pelo qual ele é apontado como suspeito teriam o tráfico como motivação.

"Hoje, em Curitiba, cerca de 60% dos homicídios estão ligados ao tráfico de drogas. Não é incomum que nós, ao chegarmos à motivação desses crimes, chegamos a pessoas que realmente participem do tráfico. Essa é mais uma confirmação", diz Maritza.

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