
Um homem acusado de aplicar golpes contra mulheres foi preso nesta terça-feira (8) por estelionato em Curitiba. Segundo a polícia, o suspeito estava utilizando um documento de identidade falso e vinha se passando por médico cardiologista. Ele já possui passagem pelo mesmo crime em Santa Catarina.
De acordo com o superintendente do 1.º Distrito Policial (DP), Adolfo Rosevics, o acusado, de 33 anos, identificado como Cristiano Barros dos Santos, conhecia as vítimas pela internet e também em igrejas evangélicas. Para elas, o homem se apresentava como Michell Delluca Santos. "Ele ganhava a confiança das mulheres, iniciava relacionamentos amorosos e começava a pedir dinheiro e bens emprestados, que não eram mais devolvidos", conta Rosevics.
Até agora, quatro vítimas foram identificadas na capital paranaense. Uma delas teria tido um prejuízo de R$ 40 mil. O suspeito já responde por golpes do mesmo tipo em Santa Catarina e a polícia informou que oito mulheres foram enganadas no estado vizinho. Em Curitiba, ele se apresentava como médico cardiologista do Hospital Pequeno Príncipe, formado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. De acordo com as autoridades, durante os golpes, ele não chegou a exercer a profissão de forma irregular.
Segundo Rosevics, o acusado estava sendo procurado há cinco dias e foi localizado na manhã desta terça no centro da cidade. No momento em que foi preso, ele dirigia um Honda Civic, onde estavam alguns eletrônicos. Além disso, Santos carregava uma carteirinha e um certificado da instituição de ensino européia. Nos dois documentos falsos, o termo university (que se significa universidade) está escrito de forma errada.
O homem declarou à imprensa que realmente enganou algumas mulheres. Ele disse estar arrependido e que estava cansado da vida criminosa. A polícia ainda vai apurar a origem dos objetos e do carro que estavam com o suspeito. Ele será encaminhado ao Centro de Triagem II, em Piraquara, na região metropolitana, e vai responder por estelionato e falsidade ideológica. Por estes crimes, ele pode ser condenado a 10 anos de prisão. Quem reconhecer o rapaz acusado e tiver mais informações sobre ele, pode contatar a polícia pelo telefone 3233-6672.







