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Memória

Homenagem a um lapeano de coração

Largo no centro histórico da Lapa leva o nome do ex-diretor-presidente da Gazeta do Povo, com direito a estátua do jornalista

A estátua do jornalista Francisco Cunha Pereira Filho, inaugurada ontem: homenagem póstuma | Priscila Forone/Gazeta do Povo
A estátua do jornalista Francisco Cunha Pereira Filho, inaugurada ontem: homenagem póstuma (Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo)

As 14 quadras do Centro His­tórico da Lapa, cidade paranaense marcada por sua riqueza histórica, comportam homenagens a cidadãos que fizeram a diferença para a trajetória da cidade, como o Pantheon dos Heróis e a estátua do General Gomes Carneiro, em memória do comandante e dos combatentes de resistência ao Cerco Federalista. O Largo Fran­cisco Cunha Pereira Filho, inaugurado ontem, em homenagem ao ex-diretor-presidente do Grupo Paranaense de Comuni­cação (GRPcom), do qual faz parte a Gazeta do Povo, não poderia estar em outro lugar.

Na Rua dos Cotovelos, o largo traz uma estátua de autoria do artista plástico Luiz Gagliastri, que resume o afeto que Cunha Pereira tinha pela cidade. Sentado em um banco colocado sobre o mapa do Paraná e lendo jornal, o homenageado indica com um dos pés a localização da Lapa. Apesar de ser curitibano nato, ele foi considerado um lapeano de coração. Sua relação estreita com a cidade foi uma das influências do avô – o médico João Cândido Ferreira, que integrou o time de heróis do Cerco da Lapa, atuando no atendimento aos feridos.

Antes da inauguração do largo, um vídeo contando a história de Cunha Pereira e suas campanhas em prol do Paraná – como os royalties de Itaipu e o combate à criação do estado do Iguaçu – foi exibido no Cine Teatro Imperial. O prefeito da Lapa, Paulo Furiati, ressaltou em seu discurso que o advogado e jornalista teve uma "juventude feliz" na cidade e que o município deve a ele e a sua família a perpetuação de sua história.

Guerreiro

Representando o governador Beto Richa, o secretário Mario Celso Cunha, lembrou da época em que trabalhou com Cunha Pereira. "Ele foi um guerreiro do Paraná", disse. Entre as autoridades, também estavam presentes a presidente do Instituto Histórico e Cultural da Lapa, Maria Inês Borges; o presidente do Museu da Imagem e do Som, Fernando Se­­vero; e a secretária municipal da Cultura, Valéria Borges da Sil­veira. Também participaram amigos, familiares, colaboradores e os filhos do jornalista e vice-presidentes do GRPCom, Guilher­me Döring Cunha Pereira e Ana Amélia Filizola.

O embaixador-honorário da Lapa, Márcio Assad, disse que Doutor Francisco, como era conhecido, foi o maior dos lapeanos. "Ele contribuiu com o nosso desenvolvimento e possibilitou que a cidade tivesse visibilidade nacional". Para Guilherme Dö­­ring Cunha Pereira, o fato de a homenagem a seu pai estar em uma cidade histórica ajuda a atrelar a trajetória de vida dele com a do Paraná. Ana Amélia contou que a história da Lapa sempre foi muito presente para a família e que o largo reflete as bandeiras que Cunha Pereira levantou a favor do Paraná. "Ele foi tão herói quanto os participantes do Cerco."

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