História
Evento marca aniversário do Cerco
Desde 2009, a Lapa comemora todos os anos, no dia 9 de fevereiro, o final dos 26 dias do Cerco da Lapa. Ontem, comemorou-se o 117º aniversário do episódio de luta entre republicanos e federalistas. Além da inauguração do Largo Francisco Cunha Pereira Filho, a cidade teve homenagens ao General Gomes Carneiro, considerado o herói do cerco federalista.
Como parte das comemorações, uma peça de teatro contou a história de mulheres que não queriam sair da cidade durante os dias de luta para ajudar os combatentes.
A secretária municipal de Cultura e Turismo, Valéria Borges da Silveira, conta que a ideia foi mostrar facetas menos populares do Cerco. A presidente do Instituto Histórico e Cultural da Lapa, Maria Inês Borges, anunciou que a Lapa foi oficializada como Capital Brasileira da Cultura é o sexto município a receber o título no país. "É uma data que ficará para sempre na memória da cidade". (IR)
As 14 quadras do Centro Histórico da Lapa, cidade paranaense marcada por sua riqueza histórica, comportam homenagens a cidadãos que fizeram a diferença para a trajetória da cidade, como o Pantheon dos Heróis e a estátua do General Gomes Carneiro, em memória do comandante e dos combatentes de resistência ao Cerco Federalista. O Largo Francisco Cunha Pereira Filho, inaugurado ontem, em homenagem ao ex-diretor-presidente do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPcom), do qual faz parte a Gazeta do Povo, não poderia estar em outro lugar.
Na Rua dos Cotovelos, o largo traz uma estátua de autoria do artista plástico Luiz Gagliastri, que resume o afeto que Cunha Pereira tinha pela cidade. Sentado em um banco colocado sobre o mapa do Paraná e lendo jornal, o homenageado indica com um dos pés a localização da Lapa. Apesar de ser curitibano nato, ele foi considerado um lapeano de coração. Sua relação estreita com a cidade foi uma das influências do avô o médico João Cândido Ferreira, que integrou o time de heróis do Cerco da Lapa, atuando no atendimento aos feridos.
Antes da inauguração do largo, um vídeo contando a história de Cunha Pereira e suas campanhas em prol do Paraná como os royalties de Itaipu e o combate à criação do estado do Iguaçu foi exibido no Cine Teatro Imperial. O prefeito da Lapa, Paulo Furiati, ressaltou em seu discurso que o advogado e jornalista teve uma "juventude feliz" na cidade e que o município deve a ele e a sua família a perpetuação de sua história.
Guerreiro
Representando o governador Beto Richa, o secretário Mario Celso Cunha, lembrou da época em que trabalhou com Cunha Pereira. "Ele foi um guerreiro do Paraná", disse. Entre as autoridades, também estavam presentes a presidente do Instituto Histórico e Cultural da Lapa, Maria Inês Borges; o presidente do Museu da Imagem e do Som, Fernando Severo; e a secretária municipal da Cultura, Valéria Borges da Silveira. Também participaram amigos, familiares, colaboradores e os filhos do jornalista e vice-presidentes do GRPCom, Guilherme Döring Cunha Pereira e Ana Amélia Filizola.
O embaixador-honorário da Lapa, Márcio Assad, disse que Doutor Francisco, como era conhecido, foi o maior dos lapeanos. "Ele contribuiu com o nosso desenvolvimento e possibilitou que a cidade tivesse visibilidade nacional". Para Guilherme Döring Cunha Pereira, o fato de a homenagem a seu pai estar em uma cidade histórica ajuda a atrelar a trajetória de vida dele com a do Paraná. Ana Amélia contou que a história da Lapa sempre foi muito presente para a família e que o largo reflete as bandeiras que Cunha Pereira levantou a favor do Paraná. "Ele foi tão herói quanto os participantes do Cerco."
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