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Investigação

Hopi Hari diz que houve falha em acidente

Adolescente teria sentado em assento inutilizado havia dez anos por problemas de segurança; família quer indenização de R$ 3 milhões

O Hopi Hari ficará fechado por dez dias até que terminem as investigações sobre a morte da adolescente Gabriela | Clayton de Souza/AE
O Hopi Hari ficará fechado por dez dias até que terminem as investigações sobre a morte da adolescente Gabriela (Foto: Clayton de Souza/AE)

O Hopi Hari reconhece que houve "uma grande falha" no acidente que levou à morte da adolescente Gabriela Yuakay Nychymura, 14 anos, na sexta-feira passada, disse o advogado do parque, Alberto Toron. Ontem, o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior ouviu novamente o gerente-geral de manutenção do Hopi Hari, que não teve o nome revelado a pedido do parque. Ele já havia prestado depoimento na segunda-feira, quando negou que tivesse havido falha mecânica no brinquedo. "O engenheiro explicou que foi pego de surpresa pela informação de que a Gabriela subiu em uma cadeira que não deveria ser usada e contou como é o funcionamento da trava de segurança", disse ele.

Na quarta-feira, dois operadores do brinquedo compareceram espontaneamente à delegacia para relatar que haviam informado um supervisor de um defeito nessa cadeira 15 minutos antes do acidente, mas receberam ordens para que o brinquedo continuasse em operação.

Esse assento já não era utilizado havia dez anos, porque técnicos do parque identificaram a possibilidade de algum visitante mais alto encostar na estrutura de metal que simula a torre Eiffel. Por isso, os mecanismos de segurança dele não estavam habilitados.

Segundo o advogado do parque, até então o parque garantia que ninguém sentaria ali porque o colete de segurança estava sempre travado junto ao assento. "Esse mecanismo funcionou por dez anos. Se agora alguém conseguiu subir [na cadeira], houve um erro."

Indenização

Os advogados que representam a família da adolescente afirmaram que entrarão na Justiça com um pedido de indenização de R$ 2 milhões por danos morais e materiais contra o parque.

Segundo o advogado Ademar Gomes, a ação deverá ser encaminhada à Justiça em cerca de 30 dias. Ele também afirmou que vai entrar com um processo contra a prefeitura de Vinhedo (79 km de São Paulo) por negligência devido à suposta falta de vistoria. Ele pedirá ainda R$ 1 milhão de indenização por danos morais à prefeitura.

O Hopi Hari está fechado por dez dias para auxiliar na investigação. O prazo pode ser prorrogado por mais dez, caso as autoridades considerem necessário.

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