Tragédia
Polícia investiga se houve negligência do parque.
O acidente
Na sexta-feira passada, a jovem Gabriela Nychymura, 14 anos, caiu do brinquedo La Tour Eiffel. O acidente ocorreu com o brinquedo a 25 m do chão, quando a trava de segurança da cadeira em que ela estava abriu.
O brinquedo
É formado por cinco blocos com quatro cadeiras cada um. No bloco 3, em que Gabriela estava, havia um assento que, segundo o parque, não era utilizado. Fotos mostram a cadeira vazia antes do acidente.
A família
A mãe, Silmara, afirmou que o assento da menina estava sem um cinto. Um funcionário foi avisado, mas disse que era seguro.
Os operadores
Em depoimento, dois funcionários disseram ter avisado um supervisor sobre problemas na trava, mas receberam ordens para que o brinquedo continuasse funcionando.
O parque
Afirma que desconhecia que a menina estava sentada no assento com defeito. Funcionários têm autonomia para interromper a operação do brinquedo caso constatem falhas.
O Hopi Hari reconhece que houve "uma grande falha" no acidente que levou à morte da adolescente Gabriela Yuakay Nychymura, 14 anos, na sexta-feira passada, disse o advogado do parque, Alberto Toron. Ontem, o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior ouviu novamente o gerente-geral de manutenção do Hopi Hari, que não teve o nome revelado a pedido do parque. Ele já havia prestado depoimento na segunda-feira, quando negou que tivesse havido falha mecânica no brinquedo. "O engenheiro explicou que foi pego de surpresa pela informação de que a Gabriela subiu em uma cadeira que não deveria ser usada e contou como é o funcionamento da trava de segurança", disse ele.
Na quarta-feira, dois operadores do brinquedo compareceram espontaneamente à delegacia para relatar que haviam informado um supervisor de um defeito nessa cadeira 15 minutos antes do acidente, mas receberam ordens para que o brinquedo continuasse em operação.
Esse assento já não era utilizado havia dez anos, porque técnicos do parque identificaram a possibilidade de algum visitante mais alto encostar na estrutura de metal que simula a torre Eiffel. Por isso, os mecanismos de segurança dele não estavam habilitados.
Segundo o advogado do parque, até então o parque garantia que ninguém sentaria ali porque o colete de segurança estava sempre travado junto ao assento. "Esse mecanismo funcionou por dez anos. Se agora alguém conseguiu subir [na cadeira], houve um erro."
Indenização
Os advogados que representam a família da adolescente afirmaram que entrarão na Justiça com um pedido de indenização de R$ 2 milhões por danos morais e materiais contra o parque.
Segundo o advogado Ademar Gomes, a ação deverá ser encaminhada à Justiça em cerca de 30 dias. Ele também afirmou que vai entrar com um processo contra a prefeitura de Vinhedo (79 km de São Paulo) por negligência devido à suposta falta de vistoria. Ele pedirá ainda R$ 1 milhão de indenização por danos morais à prefeitura.
O Hopi Hari está fechado por dez dias para auxiliar na investigação. O prazo pode ser prorrogado por mais dez, caso as autoridades considerem necessário.
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