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O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) está tentando obrigar a Ultragas, dona do navio Vicuña, a retomar o trabalho de limpeza da Baía de Paranaguá. Desde junho, o processo de retirada do óleo foi interrompido. Segundo a empresa, isso se deve a um cálculo que prevê maiores danos ao meio ambiente se a limpeza continuar sendo feita.

A conclusão da Ultragas é embasada em relatórios técnicos, segundo o advogado da empresa, Luiz Roberto Leven Siano. "Vamos supor que uma pedra ainda esteja um pouco suja de óleo", explica o advogado. "Se você for fazer o jateamento daquele material, vai causar mais danos do que deixando o óleo lá", afirma.

Segundo a Ultragas, a maior parte do trabalho de limpeza já foi feito. Agora caberia à natureza fazer o resto. O IAP discorda da explicação e quer que os trabalhos sejam retomados o quanto antes. Para pressionar a empresa, deu uma nova multa diária por falta de colaboração. "Nosso laudo aponta que ainda há óleo na baía", afirma Rasca Rodrigues, presidente do IAP.

O caso foi levado à Justiça pelo Instituto GT3 – Grupo de Trabalho do Terceiro Setor, uma organização não-governamental ligada a questões ambientais. Depois de uma decisão negativa em primeira instância, o processo chegou à Procuradoria da República em Paranaguá. O procurador Alexandre Melz Nardes, que já trabalhava na parte cível do caso, afirma que há laudos de técnicos ambientais confirmando a tese da Ultragas, mas diz que todo o processo é muito complexo. Agora, o caso foi levado de novo à Justiça e poderá ter nova decisão em poucos dias.

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