A polícia identificou, nesta sexta-feira (26), dois suspeitos de terem participado da chacina ocorrida no último fim de semana, no bairro Órleans, em Curitiba. A delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, da Delegacia de Homicídios (DH), definiu duas linhas de investigação que não podem ser reveladas, mas que estão relacionadas a acerto de contas entre quadrilhas. Os trabalhos correm sob sigilo.
"Estamos focando o trabalho sobre essas duas pessoas que foram identificadas para, a partir daí, integrar as informações levantadas e avançar nessas duas linhas de investigação", disse Aline.
Para a delegada, a chacina que terminou com a morte de quatro pessoas e quatro baleados foi cometida por um grupo criminoso muito organizado, possivelmente envolvido com o tráfico de drogas ou com roubos. A tese é comprovada pelo armamento usado pelos bandidos: um fuzil 5.5, uma pistola nove milímetros (de uso exclusivo do Exército) e uma calibre 380.
Além da identificação de dois suspeitos, a polícia aponta que apenas uma das vítimas era o alvo dos bandidos. Dos quatro mortos, apenas um tinha passagem pela polícia: Caio Roberto da Silva, de 23 anos, que foi executado com três tiros na cabeça e dois no tórax. Um do baleados, Kleber Gomes Monteiro, de 21 anos, também já esteve preso. Segundo a polícia, as outras vítimas não tinham envolvimento com a criminalidade e morreram apenas por estar junto com a pessoa procurada pelos atiradores.
Outra pista são os dois carros que os bandidos usaram para chegar à residência e para fugir do local após o crime. Testemunhas ouvidas pela polícia relataram que foram usados um Astra e um Uno.
O crime
A chacina ocorreu por volta das 23 horas de sábado (20), quando seis homens encapuzados invadiram uma residência onde era realizado um churrasco, no Órleans. Segundo a polícia, os bandidos entraram pelos fundos e abriram fogo contra as pessoas que estavam no local.
Além de Caio Silva, morreram Claudemir Xavier de Almeida, 36 anos, e a mulher dele, Daiana Andrade Ferreira, 27 anos, que trabalhava em uma empresa de transportes. A outra vítima é Jhoni Conceição, 24 anos, que trabalhava em um mercado.
No momento da invasão, o dono da casa conseguiu pegar sua mulher e filhos e fugir por outra porta. Além de Kleber Monteiro, foram baleados como Matheus Gomes de Lara, 15 anos, e Willian Francisco Gonçalves, 23 anos, e Luiz André Ferreira.



