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A Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba investiga a participação de um quarto suspeito de envolvimento na morte da artista plástica Irene Rolek, 87 anos, durante um assalto à casa dela na Rua Ermelino de Leão, na madrugada de 6 de agosto. Segundo o delegado Luiz Carlos de Oliveira, titular da delegacia, o quarto participante seria o mentor do assalto e teria extorquido a artista plástica e a irmã, a farmacêutica aposentada Sophia Rolek, 86 anos (ambas moravam na mesma casa), fingindo ser policial. "Calculamos que a extorsão possa ter chegado a R$ 140 mil", afirma o delegado.

Na noite do crime, os dois acusados presos e o adolescente apreendido teriam entrado na casa pelo teto. O forro de madeira não resistiu e os três caíram para dentro da casa. João Maria Alves Filho, Alisson Henrique Cordeiro (os dois de 18 anos) e o menor suspeitos do assalto prestavam pequenos serviços na casa das irmãs, como conserto de torneiras. Ao serem reconhecidos, os acusados teriam espancado as duas senhoras. Irene não resistiu e Sophia foi internada em estado grave no Hospital Evangélico.

Oliveira explica que o quarto suspeito, que se chama Cláudio (o sobrenome não foi revelado) ligava para as duas irmãs fingindo ser delegado de polícia. "Nas ligações, ele dizia que havia recebido uma denúncia contra as duas, que não estariam pagando o valor correto pelos serviços prestados pelos rapazes e que se elas não pagassem o valor solicitado, seriam presas", revela.

Ainda segundo Oliveira, por meio da extorsão o grupo cobrava valores exorbitantes pelos serviços. "Para uma troca de torneira, que custa em torno de R$ 100, eles chegavam a cobrar próximo de R$ 2 mil", informa o delegado.

Oliveira ressalta que intimações policiais só são feitas oficialmente com um documento sendo entregue em mãos por um policial devidamente identificado. "Muitas vezes, para agilizar os trâmites, o policial até pode ligar para a pessoa a ser ouvida. Nesse caso, o policial deve se identificar, dizer o nome, sobrenome e cargo e informar em qual delegacia trabalha, além de deixar um telefone de contato para que a pessoa possa se certificar", informa o delegado.

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