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Imagens mostram Hugo, Henrique e Ezequiel, que seriam moradores de Piraquara | Polícia Civil
Imagens mostram Hugo, Henrique e Ezequiel, que seriam moradores de Piraquara| Foto: Polícia Civil

Imagens gravadas por câmeras de segurança de um prédio vão ser usadas pela polícia na identificação de quatro skinheads de orientação nazista, que, no dia 5 de setembro, perseguiram e mataram o jovem Lucas Carvalho, de 18 anos, próximo ao Shopping Mueller, em Curitiba. Dois integrantes da facção estão presos e um terceiro acusado está identificado.

Segundo as investigações da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), depois de esfaquearem Carvalho, seis dos skinheads que integram o grupo foram ao apartamento de um amigo, próximo ao local onde o atentado ocorreu. "Pelo que apuramos, eles foram ao apartamento para lavar as facas usadas no crime", disse o delegado Vinícius Martins, responsável pelas investigações.

As gravações mostram que, por volta das 19h40 – minutos depois de Carvalho ter sido esfaqueado – três jovens entraram no hall do prédio e tomaram o elevador. Eles seriam Gabriel Cata Preta, de 18 anos (que está preso) e Jean Michael Mattos, o "Sombra" (que foi identificado pela polícia). Do outro rapaz seriam conhecidos apenas o primeiro nome e o apelido:Pedro "Pepo". De acordo com a DFR, o suspeito mora no Centro de Curitiba.

Dois minutos depois, as imagens flagraram a chegada de outros três homens, apontados como integrantes do grupo de skinheads. Eles seriam Henrique, Hugo e Ezequiel - moradores das proximidades do Terminal de Piraquara, na região metropolitana.

Cata Preta, que se entregou à polícia na quarta-feira (6), disse que o grupo foi ao apartamento do amigo também para fazer um curativo na perna de Hugo, que teria sido atingido por uma facada desferida acidentalmente pelos próprios companheiros, enquanto agrediam Carvalho.

"Queremos identificar estes integrantes que faltam. Por isso, pedimos apoio da população, que pode colaborar anonimamente", disse o delegado. As informações podem ser repassadas à DFR pelos números 181 e (41) 3218-6100.

Skinhead confesso

Cata Preta confirmou que integrava o grupo de skinhead e disse que a facção a que ele pertence é de extrema-direita, cujos principais rivais são os punks. A polícia teve acesso a uma série de imagens que mostram o detido e outros skinheads em gestão alusivos ao nazismo.

De acordo com a polícia, Carvalho foi perseguido e assassinado, porque foi confundido com um punk que teria participado de um atentado contra Fernanda Santana, de 28 anos, que também está preso. Cata Preta confirmou esta informação.

O crime

Carvalho foi assassinado por volta das 19h15, depois de ter saído do Shopping Mueller, acompanhado de um grupo de amigos. Eles foram perseguidos por sete skinheads e, na fuga, se separaram. Lucas Carvalho e um amigo foram alcançados próximo ao Cemitério Municipal.

De acordo com a polícia, Cata Preta e Mattos seguraram Carvalho pelo braço e os outros integrantes do grupo começaram a agredi-lo. A vítima foi atingida com vários golpes de faca e morreu a caminho do hospital. "De acordo com as investigações, as facadas foram dadas por Cata Preta, Mattos e por Santana", apontou o delegado.

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