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A falta de viaturas para a coleta de corpos do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba fez com que uma vítima de homicídio tivesse de esperar por quase 13 horas para ser recolhida no final de semana. Joel de Lima foi morto às 5h30 da madrugada de sábado (19), no Jardim Esmeralda, em Colombro, região metropolitana de Curitiba, mas só deu entrada no IML às 18 horas.

Segundo os funcionários de plantão no IML, a existência de apenas dois carros e o grande número de homicídios no final de semana, 13 entre a manhã de sábado e a tarde de domingo, foram os responsáveis pelo atraso, que tem sido frequente nos últimos dias.

Caos

Mas a situação caótica do IML não é pela falta de viatura. Na quinta-feira (17), a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seção Paraná (OAB-PR) fez uma vistoria no local e constatou também a falta de equipamentos, materiais básicos e de pessoal, estrutura precária da sala de radiologia, que provoca emissão descontrolada de radioatividade, e armazenamento inadequado de dezenas de corpos, que libera chorume.

Estes problemas, que não só atrasam na hora de buscar um corpo como também para liberá-lo, foram reconhecidos pelo diretor geral do IML, Almir Porcides Júnior, que declarou que medidas emergenciais serão tomadas para que a situação se resolva, como contratação de novos funcionários - que hoje chega a metade de médicos legistas necessários para atender todo o estado - , regularização do trabalho efetuado pelo IML e o pedido para que a prefeitura tome providências quanto ao espaço público para o enterro.

Desde fevereiro a Gazeta do Povo investiga o excesso de corpos no IML. São dezenas de cadáveres ensacadas que ficam armazenadas no local à espera da liberação. O atraso na entrega dos resultados cria transtornos na liberação de corpos para cremação e na conclusão de inquéritos policiais.

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