Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
luta por melhorias

Índios mantêm invasão e se reúnem com representantes da Funasa

"Por enquanto, estamos na estaca zero", diz cacique Awa. Índios invadiram prédio do órgão na terça exigindo saída de diretor regional

Representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) se reúnem na noite desta quarta-feira (6) com líderes indígenas para negociar a desocupação do prédio do órgão no Centro de São Paulo.

Pouco antes da reunião, os representantes do órgão afirmaram que a principal proposta que apresentariam no encontro seria a da formação de uma comissão indígena que será recebida em Brasília se o prédio for desocupado.

O cacique Antônio da Silva Awa, um dos líderes da invasão, disse que os índios não vão deixar o prédio. Ele comunicou a decisão após ser informado que Danilo Forte, presidente da entidade, não aceitou a demissão do coordenador da Funasa em São Paulo, Raze Rezek.

Apesar disso, o líder admitiu a possibilidade de prosseguir com as negociações. Os índios aguardavam a chegada de Moisés Santos, chefe de gabinete da presidência da Funasa, para retomar as conversas. "Por enquanto, estamos na estaca zero", afirmou o cacique Awa.

Moisés Santos, acompanhado de Paulo Sellera, chefe da assessoria de saúde indígena do Conselho Regional (Core) da Funasa, chegou ao prédio no final da tarde desta quarta. Desde de por volta das 18h30, eles se reúnem na sede do órgão.

Também participam do encontro Cid Marcondes, coordenador subsitituto do conselhor regional da Funasa e José Antônio Ribeiro, chefe do departamento de engenharia e saúde pública da entidade.

Demissão

Antes do encontro, os índios afirmavam que só aceitam deixar o prédio após a demissão de Rezek. Danilo Forte, em coletiva em Brasília, diz ter sido "surpreendido por essa crise". "Estamos dispostos a conversar com as lideranças, mas não sob coação", disse, classificando o movimento como "político" e "uma luta entre os caciques e o coordenador regional", declarou.

O presidente do órgão afirmou ainda que, caso os índios não saiam do edifício até o final desta tarde, a Funasa vai entrar com um pedido de reintegração de posse na Justiça.

No meio da tarde, a Funasa divulgou nota de repúdio à invasão. Os diretores da entidade garantem que no ano passado os índios apresentaram uma pauta de reivindicações que está sendo atendida.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.