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O Ministério Público Federal ofereceu hoje ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) denúncia contra seis pessoas por vazamento de informações da Operação Têmis - que desarticulou uma quadrilha especializada na compra de sentenças para beneficiar casas de bingo e obter de forma fraudulenta benefícios fiscais.
Entre os denunciados está o procurador da Fazenda Nacional Sérgio Gomes Ayala. Também foram denunciados: o empresário Sidney Ribeiro; os policiais civis João Avelares Ferreira Varandas e Celso Pereira de Almeida, o Xuxinha; Washington Gonçalves Rodrigues, que é funcionário da Telefônica; e o advogado L. R. P.
Diálogos interceptados pela PF revelaram que o empresário Sidney Ribeiro, que atuava como lobista e intermediário na suposta quadrilha, contratou Xuxinha e José Luiz Costa Álvares para rastrear os telefones usados pelo grupo.
Grampo
O objetivo era verificar se havia algum "grampo". Um funcionário da Telefônica confirmou que os telefones indicados estavam sendo monitorados. E aí os membros da suposta quadrilha foram alertados sobre o monitoramento.
Funcionários da Justiça Federal revelaram ao MPF que, dois dias antes da operação alguns funcionários retiraram caixas com documentos dos gabinetes dos juízes Djalma Moreira Gomes, da 25.ª Vara Cível, e Maria Cristina Barongeno Cukierkorn, da 23.ª Vara Cível.
Já o advogado L. R. P. é suspeito de intermediar transações entre juízes e empresários. Ele também é sócio de firma fornecedora de máquinas para bingos. De acordo com o MPF, Sérgio Ayala teria participado das negociações entre Sidney, Celso e Washington.
Conteúdo atualizado em 30/04/2025 para a substituição do nome de um dos envolvidos pelas iniciais após comprovação da extinção da punibilidade.



