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O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) tinha conhecimento das fraudes nos postos de combustíveis desde 2010. A informação foi divulgada pelo órgão nesta quarta-feira por meio de uma nota oficial. A prática foi denunciada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo (8).

De acordo com a nota oficial, medidas administrativas e técnicas - como a autuação de postos e interdição de bombas medidoras - têm sido adotadas desde então.

O golpe denunciado e comprovado na reportagem do Fantástico consistia na utilização de um dispositivo remoto para controlar a vazão do combustível e, com isso, fornecer menos litros do que era apontado na bomba. Em um posto de Curitiba, a diferença chegou a um litro e meio.

Em São Paulo, o Inmetro informou que 39 placas suspeitas foram recolhidas entre 16 de fevereiro e 8 de novembro de 2011. Dessas, a irregularidade foi confirmada em 20 placas. O órgão afirmou ainda que estuda reformulações na fiscalização.

Lucro com fraude pode chegar a 1,6 milhão em 30 dias

Na capital paranaense, a fraude nas bombas de combustível pode ter rendido em apenas 30 dias um lucro de R$ 1.587.000 aos 40 postos atendidos pela Power Bombas, empresa de Cléber Onésio Alves Salazar, em Curitiba, Região Metropolitana e Litoral. O empresário, acusado de vender placas de bombas eletronicamente adulteradas, está preso desde a noite de segunda-feira. A autorização de funcionamento da empresa venceria na próxima sexta-feira (13) e não será renovado.

O cálculo levou em conta a maior diferença entre o número de litros de gasolina mostrado na bomba e o efetivamente colocado no tanque do carro em um dos postos testados pela reportagem do Fantástico na capital paranaense: 1,4 litro para cada 20 litros (medida padrão do Inmetro para aferir a precisão da bomba de gasolina).

Cada posto adulterado "roubava" do consumidor cerca de 490 litros de gasolina por dia, gerando um lucro de R$ 1.323 ao estabelecimento. No entanto, o valor lucrado pode ser ainda maior, já que a fraude acarreta em um efeito cascata com margens de lucro e sonegação fiscal.

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