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Usuários compartilham endereços de postos mesmo sem fraudes confirmadas

No facebook, listas informam a localização de postos supostamente irregulares, mas sem qualquer comprovação oficial. Prefeitura promete cassar alvarás de fraudadores

Apesar de ter interditado bombas em alguns postos de Curitiba durante fiscalizações realizadas desde a tarde de segunda-feira (9), ainda não foram confirmadas fraudes nos postos que passaram pela vistoria. Nas redes sociais, há listas com endereços de diversos postos que estariam cometendo fraudes, mas oficialmente ainda não há, por parte do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR), comprovação do uso de adulteração eletrônica das bombas até esta terça-feira (10).

No Facebook, usuários estão atualizando e compartilhando listas que já contavam com dez nomes e endereços de postos identificados como fraudadores, até a tarde desta terça-feira. Às 16h, o Ipem-PR não havia fiscalizado nem a metade dos postos citados na lista, que também já conta com um mapa identificando a localização de cada um.

A lista apresenta o nome e o endereço de postos que, supostamente, contavam com o serviço da Power Bombas, de Cleber Salazar, apontado com um dos responsáveis pelas fraudes. Porém, o Inmetro não revelou detalhes sobre os estabelecimentos que eram atendidos pela empresa.

O fato de contar com os serviços de Salazar também não indica, necessariamente, que o posto cometia irregularidades. As investigações devem seguir ao longo dos próximos meses, segundo o Ipem-PR.

Twitter

No microblog twitter, desde domingo (8), o nome de Cleber Salazar é citado pelos internautas. A grande repercussão do caso também obrigou a empresa SS Bombas, de Maringá, a esclarecer que Salazar não tinha qualquer relação com a empresa. O empresário é proprietário da Power Bombas, com sede em Curitiba.

Fiscalização nesta terça-feira

Equipes do Ipem e da Polícia Científica apuraram irregularidades no Posto Flórida, no Cabral, ao constatarem que das cinco bombas existentes, totalizando 26 bicos, duas tinham lacres rompidos e abertura de painéis mesmo com o lacre intacto. A fiscalização foi feita na manhã desta terça-feira. Uma terceira, não possuía lacre nenhum. A perícia retirou uma das placas para análise.

Uma das saídas para impedir esse tipo de irregularidade será a utilização de lacres eletrônicos. Essa tecnologia já estava sendo estudada pelo Inmetro – mesmo antes da descoberta da fraudes denunciadas pelo Fantástico. Não há data definida para o início da utilização do lacre eletrônico.

Os advogados do proprietário do posto, Paulo Cachoeira e Sérgio Costa, acompanharam a fiscalização. Conforme informações, funcionários do Inmetro estiveram, na semana passada, no Posto Flórida e foi emitido um laudo positivo do funcionamento das bombas. "Houve uma falha na fiscalização", justifica Costa, com relação aos dois lacres rompidos.

A operação do Ipem deflagrada na manhã desta terça-feira para averiguar as condições das bombas do Posto Flórida, um dos postos que Cléber Salazar era responsável pela manutenção, iniciou às 9 horas. No total, o Ipem estima que o empresário, preso na noite de segunda-feira, seria responsável por mais de 40 postos de combustíveis no Paraná e em Santa Catarina. A fiscalização em todos os estabelecimentos deverá levar mais de 30 dias.

Os três funcionários da empresa Power Bombas foram notificados, nesta manhã, e o todo material usado durante as manutenções como os lacres, relatórios de atendimento, carteiras funcionais, entre outros, foram retidos pelos fiscais do Ipem, por 60 dias. A empresa localizada no Bairro Alto foi fechada. A Power Bombas iria completar um ano de atuação no mercado de manutenção de bombas de combustível, no mês de abril. Anteriormente, Cleber Salazar, mantinha uma empresa com a mesma atividade em Ponta Grossa.

Em função das denúncias, o Ipem irá emitir ainda nesta terça-feira uma notificação para todos os postos do Paraná para que nenhuma das bombas seja aberta sem a ordem expressa do instituto de fiscalização. Caso ocorra a infração, os responsáveis pelos estabelecimentos poderão responder criminalmente, segundo o diretor técnico do Ipem, Schinit Honda.

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