O Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil do Estado do Paraná (Sipol) promove, nesta sexta-feira (17), uma manifestação contra a superlotação das delegacias em frente a três distritos policiais. Um grupo de 12 pessoas percorre as carceragens de Pinhais, Campina Grande do Sul e Alto Maracanã, na Região Metropolitana de Curitiba. Com o lema "preso na delegacia não é Paraná Seguro", os manifestantes entregam panfletos à população pedindo uma solução para a quantidade excessiva de detentos nas delegacias.
O presidente do Sipol, Roberto Ramíres, diz que a maioria das delegacias da capital paranaense passam por situações críticas, mas as três escolhidas por eles deveriam ser interditadas imediatamente. "O que precisamos é que o estado construa novos presídios, isso é muito mais importante que o Paraná Seguro. A retirada dos presos da delegacia é que vai trazer mais segurança, porque vai colocar mais investigadores na rua", disse.
A manifestação começou às 11 horas e deve seguir até o meio da tarde. A caravana dos manifestantes começou por Pinhais, onde ocorreu uma rebelião na última semana que terminou com a fuga de 15 presos. Três policiais foram baleados, além de um detento. A negociação durou mais de cinco horas e presos de menor periculosidade foram usados como reféns pelos presos na tentativa de empregar uma fuga maior.
Em Colombo, nesta quinta-feira (16), uma tentativa de fuga terminou com três detentos feridos. A confusão aconteceu durante a madrugada, quando um detento conseguiu pegar a arma de um policial. Outro agente que estava de plantão conseguiu ajudar o colega e impedir a fuga.
Outro lado
A Polícia Civil informou, via assessoria de imprensa, que as reivindicações desses investigadores de polícia são justas e que tanto a Secretaria de Segurança Pública (Sesp-PR) quanto a Secretaria da Justiça (Seju) estão trabalhando para solucionar o problema das delegacias. O departamento informou, no entanto, que o Sipol não tem legitimidade para representar os investigadores da Polícia Civil, que são representados pelo Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol).
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