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caso clemans

Irmã e sobrinho são suspeitos de matar empresária no Batel

Clemans Abujamra foi encontrada morta com 12 facadas em um terreno baldio em abril do ano passado. Os suspeitos foram presos nesta quinta-feira pela manhã

Policiais civis prenderam, na manhã desta quinta-feira (6), a irmã e o sobrinho da empresária Clemans Abujamra, de 51 anos, encontrada morta a facadas em abril do ano passado. O corpo dela foi encontrado em um terreno baldio no bairro Batel, região nobre de Curitiba.

Cristiane Abujamra, 48 anos, e seu filho, Arnold Vianna, 18 anos, são acusados de ter cometido o crime e já haviam sido indiciados no inquérito policial. Eles foram presos por volta das 9h na casa onde moram, no bairro Santa Felicidade. Segundo a titular da Delegacia de Homicídios (DH), Maritza Haisi, não há evidências sobre a motivação para o crime, mas a relação entre as irmãs não era boa.

A prisão preventiva de Cristiane e Arnold aconteceu com base, entre outros elementos não divulgados pela DH, no depoimento de duas testemunhas que afirmaram ter visto Cristiane e Arnold saindo do prédio onde moravam, na Avenida Iguaçu, por volta das 5 horas da manhã do dia 29 de abril. Eles estavam com uma mala grande e pesada e seguiram até a Rua Abrão Lerner, no Batel.

Minutos mais tarde, mãe e filho teriam saído deste endereço e retornado para a residência deles com a mala vazia. O corpo da empresária foi encontrado por volta das 7h30 do mesmo dia no local onde os dois foram vistos pelas testemunhas.

Segundo a titular da Delegacia de Homicídios, o laudo do Instituto Médico Legal apontou que Clemans foi morta na noite do dia 27, quando desapareceu, e que os indícios demonstram que o assassinato aconteceu dentro do apartamento de Cristiane.

Na época, foi constatado que Clemans havia visitado a irmã, Cristiane Abujamra, e depois teria saído sozinha para ir a um salão de beleza. A partir daí, a mulher não foi mais vista e seu corpo só foi encontrado dois dias depois.

EUAClemans era uma empresária de 51 anos que morava nos Estados Unidos com o marido, Roberto Nanamura, mas que vinha para Curitiba com frequência para tratar de vários assuntos, inclusive sobre a possibilidade de adoção de uma criança brasileira, conforme os planos do casal.

Sua irmã Cristiane e o sobrinho também viviam nos Estados Unidos e estavam há apenas 30 dias no Brasil quando Clemans foi assassinada.

Durante as investigações, foi apontada como possível causa para o assassinato um conflito em torno da herança que Clemans, Cristiane e suas irmãs deveriam receber após a morte do pai, Feres Abujamra Netto, mas tal suspeita foi descartada por falta de provas.

Segundo informações da polícia, os acusados negam a autoria do crime. O advogado de defesa dos dois foi procurado na tarde desta quinta-feira, mas não foi localizado para comentar o caso.

Investigações

A prisão da irmã e do sobrinho de Clemans Abujamra acontece quatro meses depois das investigações terem sido retomadas pela Delegacia de Homicídios. O inquérito que apura a morte da empresária foi interrompido no dia 29 de julho do ano passado quando uma troca de comando na cúpula da Polícia Civil provocou a mudança de chefia na DH.

O caso, até então, estava sob a responsabilidade de Rubens Recalcatti, titular da especializada na época. A investigação foi retomada dois meses depois, quando o Ministério Público (MP) liberou a prorrogação do prazo para diligências conforme pedido da Homicídios. Quem assumiu as investigações para solucionar o caso foi o delegado Dirceu Schactae, que conduziu as ações dos policiais civis até o início desta semana, quando entrou em férias.

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