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A polícia confirmou na tarde desta segunda-feira (11) que na comanda do universitário Alex Siwek, de 22 anos, estavam registradas três vodcas e um energético. O jovem foi a um bar no Itaim Bibi (zona oeste de SP), antes de atropelar e decepar o braço do ciclista David Santos Souza. O acidente aconteceu na manhã de domingo (10) na avenida Paulista, região central de São Paulo.

Segundo a delegada Priscila de Oliveira Rodrigues, do 5º DP (Aclimação), o universitário pagou uma conta no valor de R$ 96. A delegada solicitou a comanda ao bar, mas ainda não recebeu o papel. Ainda de acordo com a delegada, PMs que foram procurados por Siwek após o crime relataram que ele estava "transtornado e aparentava sinais claros de embriaguez".

O motorista se recusou a soprar o bafômetro ou colher amostras de sangue. Segundo a polícia, ele foi submetido a um exame clínico e o resultado deve sair até esta terça-feira (12).

A polícia investiga se o universitário consumiu tudo o que estava descrito na comanda ou se pagou a bebida de alguém. Siwek foi transferido hoje para o Centro de Detenção Provisória (CDP) Belém 2, na zona leste da capital. Nos próximos dias, ele ficará em uma cela isolada.

Siwek foi preso após atropelar Souza por volta das 5 horas de domingo na avenida Paulista. Com a força do impacto, o braço da vítima foi arremessado para dentro do veículo do universitário. Além de não prestar socorro, o estudante admitiu que jogou o braço no rio que passa pela avenida Doutor Ricardo Jafet.

Segundo a própria defesa de Siwek, o atropelador ingeriu bebida alcoólica durante a noite. Na versão dele, quatro ou cinco cervejas.

De acordo com Pablo Naves Testoni, um dos advogados de Siwek, seu cliente não prestou socorro porque ficou com medo de ser agredido. Afirmou também que o motorista só viu o braço quando chegou em casa. Ficou atordoado, então, decidiu jogá-lo no rio Tamanduateí.

Imagens

A Polícia Civil procura imagens de câmeras de segurança que tenham registrado o atropelamento do ciclista.

A delegada recebeu imagens da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) que também são analisadas para verificar se o motorista dirigia em alta velocidade. A polícia também busca imagens na avenida Doutor Ricardo Jafet, onde o motorista disse que jogou o braço da vítima.

NO domingo, a polícia ouviu 14 testemunhas do caso, entre elas, pessoas que presenciaram o acidente ou que notaram o carro de Siwek fazendo manobras bruscas antes do atropelamento. Testemunhas relataram que o motorista seguia em zigue-zague quando atingiu o ciclista.

A delegada conta que o estudante não quis falar durante o seu depoimento apesar de ela ter feito várias perguntas ao jovem. Rodrigues conta que aguarda as perícias feitas no local do acidente, no carro do estudante e no local onde o braço teria sido jogado.

Segundo a delegada, os crimes pelos quais respondem o universitário - tentativa de homicídio e três infrações ao Código de Trânsito Brasileiro - tem penas previstas maiores que quatro anos, por isso não pode ser estabelecido o valor para fiança. O pedido deverá ser feito pelo advogado do estudante diretamente à Justiça.

O ciclista segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas. Ele passou por cirurgia e o estado de saúde dele é estável. Souza está consciente e não tem previsão de receber alta.

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