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Caso Bruno Strobel

Julgamento dos vigilantes deve terminar neste sábado

Vigilante Marlon Balen Janke confessou o crime nesta sexta-feira, mas o advogado de defesa é contra condenação por formação de quadrilha e tortura

Cerca de 60 pessoas entre familiares e amigos de Bruno e dos dois réus acompanham o julgamento | Priscila Forone / Gazeta do Povo
Cerca de 60 pessoas entre familiares e amigos de Bruno e dos dois réus acompanham o julgamento (Foto: Priscila Forone / Gazeta do Povo)
Janke entre o outro réu Douglas Rodrigues e o advogado Nilton Ribeiro: confissão e pedido de perdão |

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Janke entre o outro réu Douglas Rodrigues e o advogado Nilton Ribeiro: confissão e pedido de perdão

Pelo menos 60 pessoas acompanham, neste sábado (28), o segundo dia do julgamento dos vigilantes acusados do assassinato do estudante Bruno Strobel Coelho. Os réus foram ouvidos na noite de sexta-feira (27) e a audiência foi retomada às 8h deste sábado para a argumentação dos assistentes de acusação e os advogados defesa. A expectativa é que a sentença saia ainda neste sábado (28).

O julgamento foi retomado com a acusação do promotor de Justiça Marcelo Balzer Correia e o assistente Adriano Bretas. A acusação defendeu que não existe diferença entre participação e co-autoria no crime e avaliou que todos os envolvidos no caso sejam indiciados por homicídio culposo. Bretas acredita na tese de que Bruno foi morto em Almirante Tamandaré.

Após a acusação, foi a vez de Nilton Ribeiro, advogado de defesa do vigilante Marlon Balen Janke, de 33 anos, argumentar em defesa do réu. Na sexta-feira, Janke confessou o crime. Ribeiro defendeu que Bruno era pichador e que amigos do garoto teriam confessado que ele bebia e usava drogas. O advogado fez questão de mostrar que seu cliente era um trabalhador e o tiro foi acidental.

Segundo Ribeiro, o crime só mobilizou tanto a opinião pública porque Bruno é rico, enquanto Janke é um humilde trabalhador. O advogado lembrou que o vigilante confessou o crime, é contra a condenação por formação de quadrilha e tortura. Depois foi a vez de Cláudio Dalledone Júnior, que defende o outro réu, Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 29, expor seus argumentos. Dalledone defende a tese de que Bruno teria sido morto ainda em Curitiba.

Após uma pausa para o almoço, o julgamento foi retomado às 14h15. Bretas teve duas horas para a réplica e os advogados de defesa mais duas horas para tréplica. Familiares de Bruno, Janke e Rodrigues estão no Tribunal do Júri, em Curitiba, acompanhando o julgamento que deve terminar ainda neste sábado.Primeiro dia

No primeiro dia do julgamento, defesa e acusação dispensaram sete testemunhas e apenas três pessoas foram ouvidas: Fernando Bida, ex-funcionário da Centronic – empresa em que os vigilantes acusados de matar Bruno trabalhavam; João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes; e Adir Alves, que localizou o corpo de Bruno.

Terminada a tomada de depoimento das testemunhas, foram lidas cinco peças dos autos, o que retardou o depoimento dos réus. Em juízo, Janke negou que o crime tenha sido planejado e sustentou que o homicídio foi cometido de forma acidental. O agente de segurança também se disse arrependido de ter cometido matado o estudante. Depois, foi a vez de Rodrigues depor.

Os réus são julgados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Além destes crimes, Janke também responde por formação de quadrilha e tortura mediante a sequestro.

O crime

De acordo com as investigações, Strobel foi flagrado por Janke, pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da Glória, na capital. O jovem teria sido rendido pelo vigilante e levado á sede da Centronic, onde teria sido espancado. O corpo do rapaz foi encontrado uma semana depois, na Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, com dois tiros na cabeça. Rodrigues teria participado do crime.

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