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Monark foi denunciado por Flávio Dino por ter chamado o ministro de “gordola” em um podcast transmitido em junho deste ano| Foto: Reprodução/Rumble

A Justiça Federal de São Paulo aceitou a queixa-crime apresentada pelo Ministro da Justiça, Flávio Dino, contra o youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark. A decisão foi tomada pela juíza federal Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Criminal.

O ministro acusa o influenciador digital de calúnia, difamação e crime contra a honra após ofensas por sua condição de obesidade durante uma live realizada por Monark em junho deste ano.

A magistrada justificou a decisão afirmando que a conduta de Monark teve como alvo a honra do ministro enquanto ocupante de um cargo federal, tornando a competência da Justiça Federal válida.

No episódio denunciado, Monark fez declarações durante sua live com críticas ao Ministro da Justiça. Dino respondeu posteriormente nas redes sociais, afirmando "confiar no Poder Judiciário" para tratar dos casos de suposta ofensa à honra.

À Gazeta do Povo, o influenciador lamentou que a Justiça tenha aceitado a denúncia e apontou perseguição política. “Na minha visão, essa movimentação do Flávio Dino é mais uma peça do quebra-cabeça de perseguição política que hoje eu enfrento e é uma pena que a Justiça brasileira aceitou uma acusação de uma queixa tão pífia como chamar alguém de gordo”, declarou.

A defesa de Monark argumentou que a ação tenha sido distribuída na Justiça Federal de São Paulo sob alegação de que Flávio Dino seria um servidor público federal. Os advogados apontam que ele é, na verdade, “um agente político que está, transitoriamente, na posição de um ministro de Estado”, escreveu Jorge Salomão, advogado de Monark.

Na última quarta (26), Monark anunciou que estava se mudando para os Estados Unidos “temendo pela minha segurança e também para continuar o meu trabalho”. O influenciador afirmou que o Brasil “virou uma ditadura do Judiciário, não existe mais lei”.

Nos últimos meses, Monark virou alvo do judiciário por criticar medidas que considera abusivas impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o período eleitoral do ano passado. Grande parte das críticas foram direcionadas ao presidente da Corte, o ministro Alexandre de Moraes.

O influenciador teve todas as redes sociais bloqueadas, em junho deste ano, por conta de uma entrevista com o deputado Filipe Barros (PL-PR) em que o parlamentar alertou para fragilidades das urnas eletrônicas com base em inquérito aberto a pedido do próprio TSE, no qual se confirmou uma invasão hacker ao sistema.

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