Brasília A Justiça de Mato Grosso autorizou ontem a quebra do sigilo do banco Sofisa, de São Paulo. Com isso, a Polícia Federal espera descobrir quem comprou US$ 110 mil da instituição que seriam usados pelo PT para adquirir o dossiê contra políticos tucanos.
A PF irá pedir dados do Sofisa do dia 15 de agosto, quando o lote de dólares teria entrado no Brasil vindo de Miami (Estados Unidos), até 15 de setembro, data da prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha, que estavam com o dinheiro num hotel de São Paulo.
Segundo fontes da PF, o pedido para a quebra do sigilo do banco só foi feito agora porque a PF só descobriu na quarta-feira que o dinheiro foi para o Sofisa. Extra-oficialmente, o banco já teria informado à PF que vendeu dólares para poucas corretoras, cerca de dez.
A PF também avançou na investigação sobre os dólares e descobriu que dos US$ 248 mil utilizados pelo PT como parte do dinheiro para comprar o dossiê, US$ 138 mil podem ter entrado no Brasil de forma ilegal.
Na terça-feira passada, a informação era que todo o dinheiro teria saído de Miami para o banco Sofisa, mas já se sabe que podem ter sido apenas os US$ 110 mil. Sobre o restante, a PF não tem informações de onde veio o dinheiro porque as notas não estavam seriadas nem com tarjas.
Para tentar rastrear os dólares, a PF irá fechar o cerco em torno de dez corretoras de valores e agências de turismo que teriam comprado os US$ 110 mil do banco Sofisa. Fontes da PF informaram que ao identificar o comprador, não será difícil também chegar a origem do restante dos dólares apreendidos. O banco Sofisa informou ontem em nota oficial que todas as operações com moeda estrangeira realizadas pelo banco são registradas no Banco Central e identificadas obedecendo a todas as prescrições legais.
O esquema
O dinheiro estava com Valdebran Padilha e Gedimar Passos que a mando do PT comprariam um dossiê da família Vedoin para tentar relacionar os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin ao escândalo da máfia das ambulâncias. No total, seria usado R$ 1,7 milhão.
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