• Carregando...

A Justiça Federal autorizou, nesta quarta-feira (1º), a transferência para o Presídio Federal de Catanduvas, no Oeste do Paraná, de seis homens presos durante as ações das forças de segurança no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

O juiz corregedor de Catanduvas, Nivaldo Brunoni, autorizou a transferência para Catanduvas dos detentos Ricardo Severo, o Faustão; Emerson Ventapane da Silva, o Mão; Emerson Siqueira Rosa, o Neguinho; Marcos Vinícius da Silva, o Lambar; Tássio Fernando Faustino, o Branquinho; e Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, que foi condenado pela morte do jornalista Tim Lopes.

Na decisão, Brunoni avalia que os presos são de alta periculosidade, comandam facções criminosas no Rio de Janeiro e estão envolvidos em atentados ocorridos na cidade.

O transporte dos presos será providenciado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Outros 20 presos já haviam sido transferidos para Catanduvas na última semana. No entanto, outros 13 detentos que estavam no complexo deixaram o local e foram encaminhados para a Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Entre os presos que deixaram Catanduvas estão líderes das principais facções criminosas do Rio como Márcio Amaro de Oliveira, o Marcinho VP, Marcos Antônio Firmino da Silva, o My Thor, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco.

Pedido de fuzis

Ordens de compra de fuzis para facções de criminosas do Rio de Janeiro teriam partido de dentro do presídio de Catanduvas. O caso teria ocorrido em março deste ano e foi divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo site Folha.com, da Folha de São Paulo. O setor de inteligência do presídio teria apurado que a advogada Beatriz da Silva Costa recebeu a mensagem para comprar 13 fuzis no Paraguai.

O "relatório de áudio e vigilância" do presídio aponta que, no dia 30 de março, um dos líderes do CV, que estava preso em Catanduvas, pediu para Beatriz comprar "13 perfumes, devagar, não precisando ser todos de uma vez".

Outras ordens

Também existe a suspeita de que as ordens para que carros fossem incendiados no Rio partiram do presídio de Catanduvas. Chefes de facções criminosas teriam enviado o comunicado a seus aliados nas favelas cariocas por meio de bilhetes entregues durante visitas no presídio federal. Os ataques representariam uma represália à implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

A ação conjunta dos criminosos foi iniciada no dia 21 e durou uma semana. A polícia organizou uma megaoperação que atacou os criminosos nas favelas da Penha. A Vila Cruzeiro foi controlada, o que provocou a fuga em massa de mais de uma centena de criminosos que se esconderam no Conjunto de Favelas do Alemão. No último fim de semana, as forças de segurança realizaram o cerco ao conjunto.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]