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A Justiça decretou nesta sexta-feira a prisão preventiva de nove pessoas, presas na semana passada, acusadas de integrar uma quadrilha especializada em distribuição ilegal de combustíveis. Na quarta-feira (7), durante a "Operação Medusa", da Polícia Civil do Paraná, desencadeada no Paraná e em Santa Catarina, 15 pessoas do grupo foram presas - 11 no Paraná e o restante em Santa Catarina. O esquema de sonegação fiscal rendia pelo menos R$ 50 milhões ao ano à quadrilha. Na próxima semana, outras três pessoas devem ser presas.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, o contador da quadrilha, Josmar Augusto Pinheiro Ocheliski, que está foragido, também teve a prisão preventiva decretada. Entre os presos, estão dois fiscais da Receita Estadual acusados de participar do esquema: João Roberto Linhares e Alceu Cardoso Júnior que teria recebido R$ 600 para liberar um carregamento ilegal.

Além dos servidores, os donos das empresas Ciax e MR Transportes tiveram a prisão preventiva decreatada. Durante a operação, Osvaldo Zaguine, Wanderley Roque Rosa e Leandro de Oliveira Souza - todos da Ciax Comércio de Petróleo - foram presos acusados de envolvimento com a venda de combustível sem o pagamento de impostos. Reginaldo Cláudio Siquela – dono da MR Transportes - também foi preso. Ele seria o principal responsável por todo o transporte dos combustíveis e suborno dos fiscais. Eduardo da Silva Prado Júnior, Luiz Fernando Benvenutti e Sandro Batista de Oliveira também tiveram as prisões preventivas decretadas.

Dos 15 presos, cinco respondem ao processo em liberdade: Rafael Gritten de Melo, Zenir de Jesus Oliveira, Wanderlei Uler, Julio César do Carmo e Rogério Adílio Borges. Ainda segundo a secretaria, por conta dos crimes praticados pelo grupo, a Receita Estadual do Paraná suspendeu, por tempo indeterminado, os créditos tributários das empresas Ciax Comércio de Petróleo, Petrobom, DCP e Sercom - todas envolvidas no esquema de sonegação fiscal.

Investigação

A polícia começou a desvendar o esquema da quadrilha há cerca de seis meses, quando descobriu que Sandro Baptista de Oliveira, peça-chave do grupo, abriu o Auto Posto Radar, em Curitiba, em nome de um "laranja". A investigação mostrou, ainda segundo o site, que a Ciax Comércio de Petróleo (uma das maiores do Sul do Brasil e constituída legalmente), usa empresas de fachadas e suas notas frias para vender combustível e sonegar impostos.

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