O delegado titular da Delegacia de Repressão às Atividades Criminosas Organizadas (Draco), Claudio Ferraz, classificou de constrangedora a ação da Corregedoria de Polícia Civil, que lacrou a delegacia no início da noite de domingo e fez apreensões na manhã desta segunda de inquéritos e documentos. No entanto, ele disse que a operação não o surpreendeu. "Não me surpreende e na hora adequada podemos conversar, mas não agora", declarou, na porta de delegacia, no início da tarde de hoje. A Draco forneceu subsídios para a Polícia Federal na Operação Guilhotina, que prendeu o ex-subchefe de Polícia Civil, Carlos Oliveira, na semana passada.
"É uma questão do chefe de polícia. Ele deve ter os seus motivos para agir desta forma. Estou tomando conhecimento do que está acontecendo para depois, se for o caso, eu prestar declarações", disse Ferraz. Em seguida, ao ser questionado sobre a situação, ele foi taxativo. "É um constrangimento. Não há a menor dúvida", afirmou.
Ferraz negou que a delegacia tenha sido fechada. "Os acessos estão franqueados e a Corregedoria está fazendo o trabalho que foi determinado", disse. O delegado da Draco aparentou tranquilidade ao ser informado sobre as declarações do chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, que revelou que o material apreendido na manhã de hoje revelaria irregularidades na Draco, como extorsões a empresários de Rio das Ostras, na Região dos Lagos, Japeri e São Gonçalo.
"Naturalmente, as pessoas que afirmaram isto vão se apresentar e será apurado. No momento, é uma especulação e não posso ampliar uma especulação", declarou. De acordo com o chefe de Polícia Civil, os policiais da Draco cobravam propina para arquivar inquéritos. Ferraz negou qualquer rivalidade ou disputa pela chefia de Polícia Civil com Turnowski. "Se há rivalidade, eu desconheço", afirmou.
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