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A assessoria da Polícia Civil informou, na tarde desta terça-feira (12), que o laudo cadavérico feito por peritos do Instituto Médico Legal (IML) no corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira, que matou 12 crianças na Escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, apontou como suicídio a causa da morte.

O laudo, feito por peritos que estudaram a trajetória do disparo, afirma que a arma estava encostada na cabeça ("tiro encostado"), o que comprova que foi ele mesmo quem atirou e não foi baleado à queima-roupa. Mas o confronto balístico ainda será finalizado, informou a polícia.

Ainda de acordo com a polícia, o laudo informa que o atirador "teve ferimentos penetrantes e transfixantes de crânio (têmpora direita) e abdômen com lesão de encéfalo, fígado e rim direito, com ação de perfuração contudente por arma de fogo".

Os laudos cadavéricos das crianças não serão divulgados, por determinação da chefe de Polícia Civil, Martha Rocha.Vítima dorme com os pais

Na primeira noite em casa após ter alta do Hospital Estadual Albert Schweitzert, o menino Carlos Matheus, de 13 anos, foi paparicado e dormiu junto com seus pais. Ele foi uma das vítimas do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio.

"Dormiu todo mundo junto no quarto. Eles dormiam em cama separadas, mas a gente fez questão de dormir junto", diz a mãe, Carla Daniele Vilhena de Souza, que lembrou: "agora ele tem dois aniversários, 18 de dezembro e 7 de abril".Terça-feira de visitas

Na manhã desta terça-feira (12) os amigos de Carlos foram visitá-lo em sua casa. Ele era amigo de dez das doze vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira. Duas das vítimas que permanecem internadas são amigos que estavam do seu lado na hora em que foi atingido.

Menino tem medo de voltar para escola

Carlos Matheus estudava há três anos no mesmo colégio, que fica a duas quadras de onde mora. Agora, está com medo de voltar para a escola e seus pais não sabem como resolver o problema.

"A gente conversou com as autoridades, e eles falaram: ‘a gente transfere ele para outra escola da região’. Mas aqui não tem nenhuma escola que preste", disse Carla de Souza."Foi aterrorizante", diz mãe

A mãe contou ficou sabendo pelo sogro que o filho tinha sido atingido. "Quando cheguei na escola ele já tinha ido para o hospital. Fui a primeira mãe a chegar lá. Foi aterrorizante. Mas graças a Deus a gente já está em casa".

Enquanto estava no hospital, Carlos Matheus lembra de se preocupar com as outras vítimas da tragédia. "Só queria melhorar e falar com meu amigo Diego", disse, explicando que um colega também está internado no hospital. "Eles não me deixaram ver ele, mas ele está melhorando, está bem melhor do que estava. Espero que isso não aconteça nunca mais", resumiu.

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