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A soja perdeu espaço na renda da agricultura do Paraná, segundo pesquisa da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). Os valores arrecadados com a oleaginosa em 2005 correspondiam a 16,8% da valor bruto da produção agrícola. No ano anterior, era 24%. Por outro lado, o peso do frango passou de 9% para 11% nesse período. A parcela da madeira em tora passou de 8% para 11% da arrecadação.

Esses números mostram que as estiagens de 2005 foram mais prejudiciais à economia do estado que a cotação desfavorável do real frente ao dólar ou do que os problemas particulares de cada segmento. O prejuízo com a soja e o milho – que também perdeu importância, de 9,8% para 8% – teve amplo reflexo nos índices gerais, conforme cálculos da Seab e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados do IBGE, que partem de 63 produtos, mostram queda na arrecadação de R$ 4 bilhões. Nos cálculos da Seab, extraídos de 509 produtos, o valor caiu R$ 3 bilhões. É como se a agricultura tivesse voltado três anos no tempo. A renda do setor, que vinha crescendo desde 2000, voltou a um patamar inferior ao de 2002, de acordo com as avaliações da Seab. A arrecadação agrícola passou de R$ 23,7 bilhões, em 2001, para R$ 27,1 bilhões, no ano seguinte, de acordo com valores corrigidos pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna de 2005 (IGP–DI). O ponto alto foi a renda da colheita de 2003, que chegou a R$ 32,5 bilhões.

Nenhum município paranaense ficou entre os que mais produziram soja em 2005. Mesmo Tibagi, que era referência em produtividade, ficou em 45.º lugar, por causa da queda de 25,2% na produção. Castro, que teve retração de 14,3%, ficou em 38.º lugar. Os dois municípios arrecadaram R$ 210,67 milhões e R$ 188,83 milhões com a produção agrícola, respectivamente.

Segundo o IBGE, os municípios do Paraná são menores e, por isso, não aparecem entre os primeiros. O primeiro município do ranking é Sapezal (MT), responsável por 1% da produção agrícola nacional. Lá, foram cultivadas 523 mil hectares, três vezes mais que a extensão cultivada em Tibagi. O décimo colocado, Lucas do Rio Verde (MT), cultivou 383 mil hectares, 2,8 vezes a área de Castro.

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