Depois de receber uma denúncia anônima, a Polícia Civil prendeu, na quarta-feira (3), em Salvador, a madrasta e o pai de um menino de 7 anos, suspeitos de torturar a criança. Os dois foram autuados em flagrante e o pai deve responder, segundo a polícia, por omissão.
"Recebemos uma denúncia de que o menino sofria maus-tratos e a madrasta confessou que agredia o garoto, porque ele seria desobediente. Constatamos que o menino estava sendo torturado, o que é um sofrimento intenso. Ela queimava a criança com faca quente nas mãos, pés, nas costas, e no abdômen, e arrancava cabelo do menino. Além disso, ele estava visivelmente desnutrido", diz ao G1 a delegada Diana Marise Lima, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Derca).
"Eu bato nele porque ele é muito danado, como bato nos outros. É desobediente. Até espancar ele eu já espanquei", diz a madrasta Ana Lúcia Conceição.
Apesar de não agredir o garoto, o pai deve responder, segundo a delegada, por omissão. "Temos relatos de que ele estaria presente no momento das agressões, teria visto as marcas e não tomou nenhuma providência", afirma.
A polícia ainda investiga há quanto tempo a criança era vítima das agressões. O menino passou por exames no Instituto Médico Legal (IML), e foi encaminhado ao Juizado da Infância e da Juventude, que deve decidir o destino da criança.
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