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Mãe de uma menina de 5 anos que morreu na última sexta-feira, a médica Cristiane Ferraz disse ontem, em entrevista à apresentadora Ana Ma­­ria Braga, da Rede Globo, que sua filha foi vítima do Judici­­ário. A criança passou quase um mês em coma em um hospital do Rio.

A menina foi internada após passar mal quando estava com o pai, que obteve na Justiça a guarda provisória por 90 dias. "Ela foi vítima da legislação desse país, foi vítima do Poder Judiciário do país. A juíza mandou tirá-la de dentro de casa e entregá-la para ser morta", afirmou a médica. "Eu vou acreditar em quem, vou recorrer a quem agora?", questionou.

O caso está sendo investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente. Uma das hipóteses investigadas é que a menina tenha sido vítima de maus-tratos por parte do pai. A polícia também constatou que ela foi atendida por um falso médico no hospital RioMar.

O estudante de medicina Alex Sandro Cunha da Silva já teve a prisão temporária decretada, mas está foragido. A pe­­diatra Sarita Fernandes, apontada como a responsável pela contratação do falso médico, já está presa.

A suspeita de maus-tratos surgiu depois que a mãe en­­con­­trou marcas no corpo da criança quando ela já estava em coma no hospital Amiu, em Botafogo. Ela fora proibida de ver a filha porque a juíza do caso decidiu que a menina era induzida pela mãe a se afastar do pai.

A criança foi então entregue ao pai, André Marins. Ele nega as agressões à filha e diz que a menina teve convulsões. O delegado Luiz Henrique Mar­­ques Pereira, responsável pelo in­­quérito, aguarda laudo do IML para determinar se as marcas encontradas na menina foram provocadas por maus-tratos ou tiveram relação com a morte da criança.

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