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O Oxalaia quilombensis: identificação da espécie demorou 12 anos | Fotos: Museu Nacional/Divulgação
O Oxalaia quilombensis: identificação da espécie demorou 12 anos| Foto: Fotos: Museu Nacional/Divulgação
  • Partes do maxilar ajudaram a identificar a espécie, que tinha crânio alongado

O Museu Nacional da Universi­­dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciou ontem a descoberta do maior dinossauro carnívoro do Brasil. Batizada de Oxalaia quilombensis, a espécie faz parte do grupo de espinossaurídeos, dinossauros com crânio alongado e espinhos que formam uma espécie de vela nas costas. As informações são da Agência Brasil.

Acredita-se que o animal, que media entre 12 e 14 metros (do crânio à ponta da cauda) e pesava entre 5 e 7 toneladas, viveu há cerca de 95 milhões de anos, no litoral do Maranhão. Até então, o maior dinossauro carnívoro brasileiro era o Pycnonemosaurus, de 9 metros.

Segundo a pesquisadora Elaine Machado, do Museu Nacional, a espécie foi identificada a partir de um conjunto de fósseis, com partes do maxilar e dentes do dinossauro, encontrado em 1999 na Ilha do Cajual (MA). A identificação da espécie e a divulgação da descoberta demoraram 12 anos.

"Ele era o réptil dominante da Ilha do Cajual. E esse é um grupo de dinossauros que desperta grande interesse no Brasil e lá fora, porque tem características diferentes de outros dinossauros carnívoros. E, por ter sido uma das estrelas do filme Jurassic Park, ele chama muita atenção", disse Elaine.

O dinossauro é considerado o segundo maior espinossaurídeo do mundo, atrás do Spinosaurus aegyptiacus, identificado em 1915, no Egito. Duas espécies de espinossaurídeos já haviam sido descobertas no Brasil, na Bacia do Araripe, no Nordeste brasileiro: Irritator challengeri e Angaturama limai. O nome Oxalaia é uma homenagem à divindade africana Oxalá e quilombensis remete ao fato de que a Ilha do Cajual já foi um quilombo.

Também foram anunciadas ontem outras três descobertas paleontológicas. Uma delas é um crocodiloformo (antepassado dos crocodilos) de 80 milhões de anos, o Pepesuchus deisae. O crânio foi encontrado na Bacia Bauru (SP).

Outra descoberta foi o fóssil, de 7 milímetros, de um maxilar de um lagarto pré-histórico, em Presidente Prudente (SP). A espécie Brasiliguana prudentis viveu entre 70 milhões e 80 milhões de anos atrás. Também foi anunciada a descoberta de penas fósseis de dinossauros de 115 milhões de anos, na Bacia do Araripe.

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