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Vestibular

Maioria dos reitores aceita usar o Enem

Brasília - O Ministério da Educação já conquistou a maior parte dos reitores das universidades federais para a ideia de unificar os vestibulares em torno de um Exame Nacional do Ensino Médio – Enem – ampliado e melhorado. Depois de dois dias de reuniões em Brasília, os dirigentes já estão praticamente convencidos da necessidade de alterar o processo seletivo, mas ainda levantam três problemas: tempo, segurança e diferenças regionais.

"Não são questões de todos os reitores, mas esses são os problemas que surgiram nos dois dias de conversas", revelou Alvaro Prata, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina. As diferenças regionais são apontadas por alguns reitores como o maior entrave na proposta do MEC e estão na base da resistência de algumas universidades, como as Federais Fluminense, do Rio Grande do Sul e de Goiás. "Há uma preocupação de que vagas de universidades do interior terminem sendo todas ocupadas por alunos de fora, melhor preparados, especialmente nos cursos mais concorridos. Se pudéssemos oferecer 4 milhões de vagas, isso não seria problema. Mas a universidade federal é pequena", alertou Aloísio Teixeira, reitor da Federal do Rio de Janeiro, ele, pessoalmente, um entusiasta da ideia.

Algumas instituições, como a UFRJ, já planejam usar o Enem como uma primeira etapa e fazer uma segunda prova de seleção. Por isso, querem que o teste unificado seja realizado em setembro, um pedido que o ministério ficou de analisar, já que a prova com 200 questões tem um processo de correção demorado.

A questão da segurança da prova também preocupa. Apesar de, até hoje, não ter havido nenhuma violação de segurança em 10 anos de Enem, os reitores lembram que, se houver problemas com a prova em uma cidade, serão cancelados os vestibulares de todo o país, com 3 milhões de candidatos. O ministro da Educação, Fernando Haddad, assegurou aos reitores que esse é um problema de fácil solução e que se pode usar até mesmo a Polícia Federal para segurança, caso necessário.

Nas próximas semanas, os reitores levarão a discussão para os conselhos universitários, que darão a palavra final. No final do mês, uma nova reunião em Brasília deverá trazer para o MEC uma posição definitiva da maioria das instituições.

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