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Mais opções e benefícios

Cinquenta anos depois do surgimento da primeira pílula, os contraceptivos orais evoluíram muito. Já não provocam os efeitos desagradáveis dos primeiros produtos e, além de evitar uma gravidez indesejada, trazem consigo outros benefícios. A nova geração de pílulas, chegada ao mercado na última década, tem formulações com doses bem mais baixas de hormônio. Mais do que apenas atuar como contraceptivos, são medicamentos que auxiliam mulheres que sofrem com os sintomas de tensão pré-menstrual, reduzindo dores de cabeça, irritabilidade, retenção de líquido ou até mesmo ajudando a regular a oleosidade da pele ou dos cabelos. "Hoje a pílula é usada como tratamento para mulheres que têm muita cólica, que têm anemia, que sofrem com TPM", diz o médico ginecologista e professor da disciplina de Reprodução Humana da Universidade Federal do Paraná Rosires Pereira de Andrade.

De acordo com o médico, a escolha do anticoncepcional precisa levar em conta a história médica de cada paciente. "Não existe nenhum exame laboratorial que defina qual o melhor contraceptivo para cada mulher. Essa decisão é feita com base no exame clínico, na conversa com o médico", afirma. Segundo ele, é preciso levar em conta se a paciente tem alguma história de câncer na família, se tem algum problema de circulação, se tem diabete, se é fumante e até mesmo suas queixas, se sofre com os sintomas da TPM, cólicas, se tem sangramento muito intenso. "É o que a mulher conta na consulta que vai orientar a decisão do médico", explica.

Além de poder escolher a pílula que atende melhor às próprias necessidades, nos últimos anos as mulheres puderam optar também por outras vias de administração dos contraceptivos hormonais. Na última década, chegaram ao mercado diferentes produtos, como injeções mensais ou trimestrais, adesivos, anéis vaginais e implantes subcutâneos. "São opções interessantes para mulheres que não querem se preocupar em tomar pílula todos os dias", comenta a médica e presidente da comissão de anticoncepção da Federação Brasileira de Gine­cologia e Obstetrícia, Jaqueline Neves Lubianca. (CV)

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